Nas pegadas da destituição de Romero Jucá (PMDB-RR) do posto de líder do governo no Senado, Dilma Rousseff substituirá também o seu líder na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
A novidade só será comunicada a Vaccarezza em conversa que Dilma terá com o deputado nesta terça (13). Mas já foi antecipada a pelo menos dois personagens: Renan Calheiros, líder do PMDB, e José Sarney, presidente do Senado.
A cabeça do petê Vaccarezza desce à bandeja como reforço à versão que Dilma tenta vender à cúpula pemedebê. Jucá foi trocado por Eduardo Braga (PMDB-AM) não por retaliação, mas para promover um “rodízio” de líderes, alega presidente.
Diferentemente de Jucá, sócio da derrota imposta ao governo no Senado na semana passada, Vaccarezza não tem contra si nenhuma acusação de descuido ou de deslealdade. Na Câmara, o Planalto vinha colecionando êxitos.
O problema é que Vaccarezza mantém com a ministra petê Ideli Salvatti, coordenadora política de Dilma, uma inimizade cordial. Os dois não se dão bem. Suportam-se.
Na versão de um auxiliar, Dilma aproveita a oportunidade para trocar “um fusível mal encaixado”. A última divergência que opôs Vaccarezza e Ideli diz respeito ao Código Florestal. A ministra queria votar na Câmara, sem alterações, o texto oriundo do Senado.
O quase-ex-líder dizia que Ideli empurrava o governo para a derrota, já que a maioria dos deputados não admite engolir a peça dos senadores sem modificá-la. Se é assim, diz Ideli, melhor adiar a votação por prazo indeterminado. O adiamento já não é possível, contra-argumenta Vaccarezza, ciente dos humores da tropa.
A exemplo de Jucá, Vaccarezza ocupava a liderança do governo desde a gestão Lula. Não se sabe, por ora, quem Dilma Rousseff acomodará no lugar dele.
Postado por pompeumacario
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