A produção nacional de grãos para a safra 2011/12 deve chegar a 159,079 milhões de toneladas, com uma redução de 2,4% ou 3,878 milhões de toneladas, comparada com a última safra, quando foram colhidas 162,958 milhões de toneladas. O resultado é do terceiro levantamento realizado pela Conab e anunciado hoje (8), em Brasília.
A confirmação da estimativa depende de fatores de produção que interferem na produtividade durante todo o ciclo. Os dados serão consolidados, à medida que estes fatores perderem a interferência.
As culturas mais representativas - milho e soja - somam juntas 83% da safra nacional, pela produção de 131,605 milhões de toneladas. O milho tem perspectiva de crescimento de 4,9%, considerando apenas a participação da Primeira Safra, uma vez que a Segunda Safra só será definida a partir de janeiro.
Área - Já com relação à previsão de área, ela deve ficar em torno de 50,447 milhões de hectares, com um crescimento de 1,1%, o que representa 528,2 mil hectares a mais que na safra anterior, quando registrou 49,919 milhões de hectares. O aumento está relacionado ao milho Primeira Safra e à soja, com um crescimento de 10,8% e 0,7%, respectivamente.
No caso do milho, acentuação maior ocorreu no Paraná, onde chegou a 145,2 mil hectares, seguido por Rio Grande do Sul (161,7 mil ha) e Goiás (148 mil ha). A justificativa para este comportamento são os bons preços do produto no mercado, a rotação de culturas e a reconquista da área cultivada anteriormente.
Já para a soja, o maior crescimento de área efetiva deve ficar com o Mato Grosso, com um aumento de 371,1 mil hectares, seguido do Rio Grande do Sul, com 80,1 mil hectares. No Paraná, chama a atenção a queda de área da oleaginosa que reduziu em 472,4 mil hectares. A cultura foi substituída, basicamente, pelo milho. Outra região que teve destaque na área foi a do Matopiba - Maranhão (48,2 mil ha), Tocantins (18,2 mil ha), Piauí (55,2 mil ha) e Bahia (66,8 mil ha).
Por outro lado, houve redução de área para o arroz, que deve perder 251,8 mil hectares em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda mais acentuada ocorre no Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 93,7 mil hectares. A produtividade no estado é significativa, chegando a 7 mil kg/ha.
Também, o feijão Primeira Safra apresentou redução. Em relação ao cultivo anterior de 1,420 milhão de hectares, houve uma queda de 147,3 mil hectares). O Paraná, que é o maior produtor nacional, deixou de cultivar 93,5 mil hectares em relação à safra anterior, quando semeou 344,1 mil hectares.
Em relação à região Nordeste, o terceiro levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e do Piauí. Já para a região Norte, foram considerados somente Tocantins e Rondônia. As demais regiões tiveram mantidas as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só começa em janeiro.
A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 21 e 25 de novembro, após visita a órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores. (Raimundo Estevam/Conab)
Mais informações: www.conab.gov.br
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