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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O MUNICÍPIO DE CRUZ FAZ CAMPANHA DE VACINA ANTIRRÁBICA

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Cruz. Os agentes de endemias do município de Cruz, Alex Pereira de Sousa, Giliarde Junior Silveira, Arimatéia, João Farias Neto, Luís Neto e André estão vacinando cães e gatos em todo o município de Cruz. As vacinas antirrábicas são aplicadas uma vez por ano, em dose única de 1CC, via subcutânea. Todos os animais devem ser vacinados exceto os recém-nascidos com menos de três meses de vida.

Três equipes estão percorrendo todo o município desde o dia “D”, três de dezembro, e a meta é vacinar 4.800 cães e 2.500 gatos.

Quinta feira, 8, as equipes estiveram vacinando os animais das comunidades de Cavalo Bravo, Preá (na Praça São Pedro) e Formosa.

A recomendação é que os animais sejam levados até o local de atendimento pelos próprios donos, pois, isto facilita o trabalho das equipes. A orientação é que os cães sejam acorrentados e os gatos transportados em sacos para evitar acidentes. A vacina também é aplicada durante as visitas domiciliares.

A raiva é uma doença infecciosa viral que afeta, unicamente, animais mamíferos. Ela envolve o sistema nervoso central, levando a óbito em pouco tempo, caso o paciente não tome as providências necessárias logo após a exposição.

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O responsável por esta zoonose é um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, presente na saliva do animal doente. Este, ao morder ou lamber mucosas ou regiões feridas, pode transmitir a raiva a outro indivíduo – inclusive humano.

No caso da raiva humana, os cães são o principal reservatório da doença. Entretanto, raposas, morcegos, lobos, antílopes, gambás, furões, dentre outros são, também, responsáveis. A única forma de transmissão conhecida, de um Homo sapiens sapiens para outro, ocorre via transplante de córnea.

Após o contato com seu novo hospedeiro, o vírus se multiplica e penetra no sistema nervoso, afetando cérebro, medula e cerebelo. O período de incubação varia de um mês a dois anos após a exposição.

Os primeiros sintomas são menos específicos: mal estar, febre e dores de cabeça. Após estas manifestações, ansiedade, agitação, agressividade, confusão mental, paralisia, convulsões, espasmos musculares e dor ao deglutir. Em um prazo de aproximadamente dez dias, o indivíduo entra em coma e falece.

A prevenção se dá, principalmente, pela vacinação anual de cães, gatos e animais de pasto. Métodos envolvendo o controle populacional de animais errantes e de morcegos e o uso da vacina preventiva em pessoas suscetíveis (biólogos, veterinários, camponeses) são outras formas de se evitar esta doença.

Como só se conhece dois casos de pacientes com quadro confirmado de raiva que conseguiram sobreviver, é imprescindível que, após um caso de contato suspeito, o indivíduo lave, apenas com água e sabão, a região que entrou em contato com o animal e procure assistência médica imediatamente, a fim de começar a receber as doses da vacina ou imunoglobulina humana antirrábica. É importante que não se interrompa o tratamento.

Sobre estes casos de cura, o primeiro conhecido em nosso país é o de um garoto de Pernambuco, contaminado após a mordedura de um morcego. Ele foi curado após cinco meses de UTI, com a administração de antivirais e sedativos.

A vacinação antirrábica animal é o ponto chave para a prevenção da raiva, doença grave e letal em quase 100% dos casos, constituindo um agravo de grande importância na Saúde Pública.

Dr. Lima

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