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A Justiça Federal no Ceará suspendeu em caráter liminar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último final de semana. A avaliação foi marcada por erros nas provas que podem prejudicar a nota dos estudantes.
Cerca de 21 mil cadernos de prova da cor amarela apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas no sábado (6). Outro problema ocorreu na folha de respostas, que estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas. Não se sabe quantos candidatos foram prejudicados pelos problemas.
Para a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, a solução apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) de aplicar novas provas para o grupo de estudantes afetados pelo problema não resolve o problema, já que deixará “em desigualdade todos os candidatos remanescentes”.
O MEC já informou que vai enviar à Justiça Federal no Ceará esclarecimentos sobre a metodologia que será usada na reaplicação da prova do Enem. De acordo com o ministério, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia estatística usada no exame, assegura as condições de igualdade entre os participantes, mesmo que eles façam provas diferentes.
A TRI é aplicada no Enem desde 2009, e permite que diferentes edições da prova tenham o mesmo grau de dificuldade. As questões são pré-testadas e ganham peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes. Itens com alto percentual de acerto ganham peso menor e aqueles que poucos alunos acertam ganham mais peso. Caso seja necessário reaplicar a avaliação do primeiro dia do Enem para os estudantes prejudicados, as datas mais prováveis são o último final de semana de novembro ou o primeiro de dezembro.
O ministério também prometeu disponibilizar no site do Enem, a partir de quarta-feira (10), módulo de requerimento para que o candidato que tenha marcado o gabarito seguindo a indicação dos cabeçalhos possa pedir a correção invertida.
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