A população brasileira atingiu 190,7 milhões de pessoas, está envelhecendo e acentuou sua concentração nas cidades, segundo os primeiros dados do censo divulgados nesta segunda-feira pelo Governo.
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O censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil somou 20,9 milhões de habitantes desde 2000, mas desacelerou o ritmo de crescimento para 12,3%.
A região sudeste continua sendo a mais povoada, com 80,3 milhões de habitantes, e abriga as maiores cidades do país: São Paulo, com 11,2 milhões de pessoas, e Rio de Janeiro, com 6,3 milhões.
Salvador é a terceira cidade do país com 2,6 milhões de habitantes, seguida da capital, Brasília (2,5 milhões), de Fortaleza, que conta com 2,4 milhões, e de Belo Horizonte, com 2,3 milhões, enquanto outras nove cidades superam um milhão de habitantes.
A população urbana aumentou três pontos percentuais nesta década, para 84,35%, o que torna o Brasil um dos países mais urbanizados do mundo.
"A população rural se manteve constante desde 1940 em torno de 30 milhões de pessoas, mas a urbana não parou de aumentar", explicou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, em entrevista coletiva.
Apesar de a maioria dos brasileiros continuarem concentrados no litoral, houve um aumento da densidade de população no centro do país, principalmente nas capitais de estados como Goiás, Mato Grosso e Amazonas.
O censo também revelou o crescimento da longevidade, o que levou o país a contar com 23.760 centenários.
Um efeito do aumento da expectativa de vida é a expansão da população feminina, que já supera em quatro milhões a masculina, o que também se deve à violência urbana, que afeta especialmente os homens, segundo o responsável do IBGE.
A maior longevidade unida ao processo contínuo de queda da fertilidade modificou a pirâmide populacional, que mostra um incipiente envelhecimento.
A região Amazônica é a única onde o gráfico continua tendo uma forma piramidal, o que indica uma alta fertilidade e costuma estar ligado a um menor grau de desenvolvimento.
A partir de abril do próximo ano, o IBGE divulgará mais dados do censo, que foi realizado com entrevistas em 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios do país entre agosto e outubro. EFE
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