Tiririca vira febre na internet e ultrapassa Dilma, Serra e Marina no Google
Izabela Vasconcelos
O candidato Tiririca (PR), que disputa uma vaga a deputado federal pelo estado de São Paulo, superou os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) no número de buscas do Google. A ferramenta Google Insigths mostra que o candidato ultrapassou os candidatos à presidência da República a partir de agosto, com pico de buscas entre 22 e 28/8, e ainda se mantém na frente. Em uma escala de 0 a 100, Tiririca aparece com 100 pontos, Dilma com 35, Marina 22 e Serra com 10, no ranking do buscador. Os dados se repetem na pesquisa nacional e mundial.
Redes sociais
Com o slogan “Vote Tiririca, pior que tá não fica!”, Francisco Everardo Oliveira Silva, ganhou espaço na web, principalmente após a publicação de seus vídeos no YouTube. "O que é que faz um deputado federal?". "Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto”, dizia ele. Um de seus vídeos já ultrapassou 3 milhões de acessos e chegou a ser o mais visto da semana no YouTube.
O candidato também é assunto no Twitter. No dia 17/8, Tiririca ocupou um lugar no Trending Topics mundial. Além de perfis no canal de vídeos do Google e do microblog, o candidato também está no Orkut, Facebook e Flickr. O site de Tiririca chega a ter 6 mil visitas por dia.
De acordo com a assessoria de imprensa de Tiririca, a campanha do candidato é composta, em média, por 50 cabos eleitorais e 10 assessores, entre supervisores, coordenadores e assessoria.
Segundo o Ibope, Tiririca lidera as pesquisas de intenção de voto a deputado federal em São Paulo. Como as pesquisas a deputado não são registradas nos tribunais eleitorais, os percentuais não foram divulgados. No entanto, em entrevista ao jornal Extra, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse que o candidato é o mais citado em São Paulo.
Críticas
A campanha do humorista foi contestada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, que acusou o candidato de debochar da democracia. Tiririca também foi criticado pelos candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercandante (PT) e Paulo Skaf (PSB).
A Procuradoria Regional Eleitoral chegou a receber sete representações contra a campanha do humorista, por crime eleitoral no slogan “Vote Tiririca, pior que tá não fica!”, mas o Ministério Público Eleitoral declarou que o lema do candidato não pode ser considerado crime eleitoral.
Para a gerente de pesquisas do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), Andréa Sacco, o nome do candidato ultrapassa os presidenciáveis pelo caráter "nonsense" da campanha. "É uma paródia política. A campanha dele é a ridicularização da própria política, ele incorporou isso, e as pessoas se identificaram com essa "sacada" dele ou da campanha dele", explicou.
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