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sábado, 4 de setembro de 2010

Dilma, ministro e sindicalistas denunciam tentativa de golpe das oposições

A presidenciável Dilma Rousseff, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, e centenas de sindicalistas acusaram ontem as oposições de tentarem um golpe sob a liderança do candidato tucano, José Serra, ao pedirem ao TSE a cassação do registro da candidata.

    “A campanha do meu adversário e o partido dele estão desesperados porque, a cada dia que passa, perdem o apoio do povo brasileiro. Agora, acho que estão querendo ganhar no tapetão, mas isto não vai acontecer”, afirmou Dilma, durante entrevista em Porto Alegre.

    A candidata qualificou como “falsas, levianas e sem sustentação jurídica” as acusações que associam sua campanha aos casos de violação de sigilo fiscal. Segundo Dilma, atribuir à sua campanha fatos ocorridos em setembro de 2009 é uma tentativa “de virar a mesa da democracia”.

    “Em um processo democrático se pode até perder a eleição, mas não a dignidade. Não se pode atacar pessoas nem instituições. Ao que eu saiba, em setembro de 2009 não havia campanha e nem pré-campanha. Havia outro tipo de disputa que não tem a ver com esta campanha”, afirmou a petista em alusão à guerra travada entre os ex-governadores José Serra e Aécio Neves pela candidatura do PSDB à Presidência.

    Em Foz do Iguaçu, onde acompanhava visita do presidente Lula, o ministro Alexandre Padilha afirmou:

    “Essa tentativa da oposição ao presidente Lula tem um nome: golpe eleitoral”. E continuou:

    “Tentam impedir que, ao longo do processo eleitoral, o presidente participe desse mesmo processo. Tentam enganar a população usando a imagem de Lula. Agora, tentam impedir a nossa candidata de concorrer. Quando tentam transformar um problema da Receita num problema eleitoral, é golpe. É golpe de quem não quer mais disputar a eleição”.

    O secretário-geral do PT, deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), também associou a ação contra Dilma ao desespero de Serra e de seus aliados.

    “É uma tentativa desesperada de enfrentar a sua condição eleitoral para tentar reverter o quadro. E aquele que é derrotado tenta ganhar no tapetão”.

    Em São Paulo, sindicalistas reunidos em evento pelas candidaturas de Dilma e de Aloízio Mercadante chamaram de “tentativa de golpe da oposição” o episódio de violação do sigilo de pessoas ligadas ao PSDB.

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