A Organização Mundial da Saúde (OMS), maior autoridade em saúde do mundo, publicou nesta quarta-feira (8) informe mundial com elogios aos avanços no sistema público de saúde brasileiro e com uma alerta para a necessidade de solução para o subfinanciamento do setor. A íntegra do documento está em destaque na página da OMS na internet (www.who.int).
Segundo avaliação da organização, o Brasil avança a caminho da cobertura universal em saúde, com destaque para o aumento no alcance da Estratégia de Saúde da Família, que hoje já conta com mais de 30 mil equipes, que já atendem mais de 97 milhões de pessoas em todo o Brasil. “A Estratégia é peça chave do Sistema Único de Saúde”, diz o documento.
A Organização Mundial da Saúde menciona ainda os esforços que resultaram na redução da mortalidade infantil no Brasil, de 46 óbitos por 1.000 nascidos vivos, em 1990, para 18 mortes por 1.000 nascidos vivos, em 2008. Essa redução levará o Brasil a alcançar, em 2012, a quarta Meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, três anos antes da data limite fixada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Para a deputada Emília Fernandes (PT-RS), os dados revelam que o Brasil tem compromisso com a área da saúde. “Isso é resultado de um trabalho sério e de bons investimentos que vem sendo feitos na área da saúde. No Brasil temos cada vez mais a consciência de que a saúde está sendo observada e, inclusive nesta questão da redução da mortalidade infantil, aponta um trabalho intensivo e comprometido do Brasil no atingimento das metas do milênio”, disse Emília Fernandes.
A OMS ressaltou ainda no documento que mais de 75% da população brasileira depende exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde) para ter acesso a serviços de saúde, que “além de ofertar o atendimento primário em saúde disponibiliza uma variedade de serviços hospitalares, incluindo cirurgias cardíacas, diagnósticos de imagem e laboratoriais sofisticados”.
O documento destaca também as campanhas de prevenção e programas como o Farmácia Popular e o Brasil Sorridente, além do Programa Nacional de Imunizações, que contabiliza a aplicação de 130 milhões de doses/ano, sem contar com medidas recentes como a campanha de vacinação contra a gripe A (H1N1), quando foram imunizados 89,4 milhões de brasileiros e a vacinação de mais de 67 milhões de adultos contra a rubéola.
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