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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Projeção do mercado financeiro para crescimento da economia sobe para 7,34%

A projeção dos analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia neste ano subiu de 7,09% para 7,34%, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Para 2011, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, foi mantida em 4,5%.

Na última sexta-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB teve crescimento recorde de 8,9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009. Segundo o instituto, parte desse crescimento pode ser explicada porque o primeiro semestre do ano passado (base de comparação) teve uma queda recorde de 1,9%. No segundo trimestre deste ano, a economia cresceu 1,2%, em relação aos três meses anteriores. A expansão do segundo trimestre de 2010 foi de 8,8%, na comparação com o mesmo período de 2009.

O boletim Focus também traz a expectativa para o crescimento da produção industrial, de 11,37%, em 2010. Segundo o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), “a expectativa do crescimento industrial é positiva e reflete um sentimento generalizado de que o país está num processo de crescimento”.

Em sua avaliação, o crescimento industrial é um fator importante contra a alta da inflação. "Há inflação quando se tem crescimento da economia e não há crescimento industrial. Essa é uma questão que merece registro", afirmou. Segundo o boletim, a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 40,73% para 40,80%, em 2010, e permaneceu em 39,50%, em 2011.

Pedro Eugênio afirmou que a dívida brasileira está praticamente estabilizada e o boletim reflete uma posição conservadora. "Não demos esquecer que o boletim reflete uma expectativa de um segmento que vive muito de juros altos. Não necessariamente devemos imaginar que isso se deve refletir na realidade", afirmou. Segundo o deputado, "o Brasil tem condições de reduzir a Taxa Selic (Taxa Básica de Juros) mais aceleradamente e também reduzir a dívida líquida mais rapidamente".

A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 1,80 para R$ 1,79, ao final deste ano, e de R$ 1,85 para R$ 1,83, em 2011. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permaneceu em US$ 15 bilhões, neste ano, e passou de US$ 8,18 bilhões para US$ 8,68 bilhões, em 2011.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a projeção foi alterada de US$ 49,96 bilhões para US$ 50 bilhões, para este ano, e permaneceu em US$ 58 bilhões, para 2011.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 30 bilhões, neste ano, e em US$ 38 bilhões, em 2011.

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