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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Prefeito de Jijoca de Jericoacoara está sem prefeitura

O prefeito eleito de Jijoca de Jericoacoara, Araújo Marques Ferreira (PMDB), resolveu não mais renovar o aluguel dos imóveis que eram ocupados por órgãos públicos do município. Sem prédio, o novo gestor decidiu ficar temporariamente, debaixo de um cajueiro, enquanto a Prefeitura conclui a reforma em um prédio pertencente ao município onde funcionou uma escola de ensino pré-escolar. O motivo para a decisão, segundo Araújo Marques, é que a maioria dos imóveis locados pela Prefeitura pertencia ao ex-prefeito Sérgio Herrera Gimenez. “Resolvi tomar essa atitude por entender que um município que vai bem financeiramente já deveria ter prédio próprio para abrigar o Paço Municipal. Estou reformando esta escola para abrigar provisoriamente a Prefeitura enquanto construo uma sede nova”, explica Marques.
O problema sobre a locação de prédios para abrigar a Prefeitura e secretarias municipais neste município já foi alvo de denúncia por parte da justiça. Em julho do ano passado o ex-prefeito Sérgio Herrera Gimenez havia sido denunciado pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa. Segundo o promotor Adriano Perdigão Coutinho, Herrera foi denunciado por fraudar licitações em benefício próprio. Entre outras irregularidades, o imóvel situado na Rua Manoel Teixeira, 139, Centro, que funcionou como sede da Prefeitura e é de propriedade do ex-prefeito e estava locado ao governo municipal, assim como o prédio onde funcionou a Secretaria de Saúde, que pertencia ao então vereador Sérgio Alberto Ferreira Garcia, filho do ex-gestor investigado.Naquele ocasião, além do prefeito, Sérgio Herrera, do seu filho Alberto Herrera Garcia, também foi alvo de denúncia a ex-vereadora na época e ex-presidente da Câmara Municipal, Ana Garcia Soria, esposa de Sérgio Herrera.
Na sexta-feira última, o prefeito de Jijoca de Jericoacoara teve outra surpresa: o terreno onde foi instalado o aterro sanitário pertence a Sérgio Herrera. Por decisão dele (Herrera), os carros coletores de lixo foram impedidos de adentrar no terreno. “O terreno usado como aterro pertence ao ex-gestor. A Prefeitura renovou o contrato de R$ 4 mil, para continuar usando como depósito de lixo. Porém, na última sexta-feira, Herrera mandou fechar o portão e os caminhões foram impedidos de despejar o lixo no local”, disse Araújo que procura alternativa ao problema.

Por Wilson Gomes


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