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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Complexo da Aravestruz está sendo desativado

O Programa Avestruz do Ceará, lançado em 2007 com grande repercussão na mídia, está suspenso temporariamente por falta de empresa para concorrer à licitação pública. Isto porque o principal empreendimento capaz de atender às exigências do Estado, a empresa Aravestruz, fechou as portas em Sobral. O que parecia um mega projeto para a região de Patos — distante 50km da sede sobralense, em geração de emprego e renda para aquela comunidade — não passou de mera ilusão, considerando o complexo da estrutiocultura industrial montando no local e que se encontra hoje em visível estado de abandono. O empreendimento, pertencente ao grupo Aravestruz Nordeste S/A, instalado naquela localidade em meados do 2005, era composto de frigorífico, fazenda, fábrica de ração, central de incubação e curtume. De acordo com dados fornecidos pela empresa, o complexo chegou a produzir e exportar peças de couro de avestruz para países como Estados Unidos, México e Alemanha.
Hoje, na empresa instalada em Patos, encontra-se apenas um dos três funcionários que são basicamente os responsáveis pela vigilância do prédio do frigorífico. “Existe uma promessa para que o frigorífico volte a funcionar, uma empresa estaria alugando o prédio”, disse o vigia, identificado apenas por Messias, que recebeu a reportagem no portão da entrada do frigorífico. No local onde foi implantada a fazenda, o quadro denota total abandono. A energia está cortada e os aparelhos de ar-condicionado não estão mais no local. “Eles levaram tudo que tinha aqui, inclusive algumas cabeças de avestruz que eram mantidas na fazenda”, contou um morador da região de Patos que preferiu não ser identificado.O líder comunitário Enoque Sousa disse que, no primeiro momento, as 168 famílias da localidade viveram uma grande ansiedade, uma esperança de ter o tão sonhado emprego. “Eu fui um dos que acreditava no empreendimento, cheguei a ceder um pedaço de terra para implantarem a fazenda, e hoje vejo com tristeza o abandono desse complexo”, disse Sousa.

Por Wilson Gomes

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