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segunda-feira, 24 de abril de 2017

COSTA PINTO: CONSELHEIROS DE TEMER NÃO ESCONDEM DESÂNIMO

247 - Para o jornalista Luis Costa Pinto, "arrefeceram o ânimo, o arrivismo e a pró-atividade dos principais conselheiros de Michel Temer, incluindo até mesmo "o próprio Temer". "Na última semana um deles mandou às favas quaisquer cerimônias e deixou aflorar os pruridos da consciência. Perguntou ao inquilino do Palácio do Jaburu se ele estava à vontade no cargo e se o caminho trilhado para chegar ao poder, via impeachment, havia sido mesmo a melhor opção para o grupo político que articulou a deposição de Dilma Rousseff.Não se ouviu uma resposta direta na sala, e isso espantou o interlocutor de Temer", relata.
Segundo ele, a indignação e o desânimo tem como um dos eixos centrais "as concessões feitas à base governista, cada vez mais esgarçada na Câmara e totalmente dispersa no Senado", principalmente no que diz respeito às reformas trabalhista e previdenciária.
"Nos dias em que os auxiliares de Temer, ministros e técnicos, ainda andavam pelo Palácio do Planalto deslocando ar à medida que avançavam os passos, falava-se numa reforma "definitiva" da Previdência Social. Agora, admite-se que o conjunto de mudanças, caso seja aprovado do jeito que está (e não será, porque o Senado mexerá nelas), assegura uma sobrevida do sistema previdenciário por mais 10 ou 12 anos sem novas reformas. Muito barulho por tão pouco num cenário de legitimidade escassa dos parlamentares e da equipe palaciana", destaca o jornalista em sua análise.
Além dos problemas internos, Temer também tem que lidar com a crescente insatisfação popular, o que incluiu a greve geral convocada para o próximo dia 28. "Se a greve furar o duro bloqueio que há na mídia tradicional, também ela mobilizada numa espécie de "ordem unida" para evitar chamar atenção para a convocação de paralisações, a crise política que é agravada e agravante, ao mesmo tempo, da crise econômica, ganha de vez novo ingrediente: a rua", afirma.
Para Costa Pinto, "a semana que começa hoje (24.abr) será a mais longa desse grupo – não necessariamente a melhor. Ela não se encerrará nem mesmo no 1º de maio, quando sindicalistas voltam às ruas para fazer cobranças e protestos na data quase universal do Dia do Trabalho. A agonia só terá fim, com roteiro ainda incerto, depois do depoimento do ex-presidente Lula em Curitiba diante do juiz Sérgio Moro. A oitiva está agendada para a tarde de 3 de maio. Ou será o epílogo de uma quadra sensível para Temer e seu governo, ou se está escrevendo o prólogo de novos e insondáveis capítulos da República".
Confira a íntegra do artigo.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/291851/Costa-Pinto-Conselheiros-de-Temer-n%C3%A3o-escondem-des%C3%A2nimo.htm

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