
Segundo ele, só em São Paulo foram dez bloqueios vias e em outros oito estados, 25 trancamentos. "Na madrugada, bloqueamos o acesso ao aeroporto de Guarulhos, junto com os aeroviários, que levou ao cancelamento de voos", relata.
Repressão policial
O coordenador do MTST também relata a atuação repressiva da Polícia Militar em todo o país. "Em São Paulo, temos sete manifestantes detidos em Itaquera (zona leste da capital). A PM invadiu a paróquia Nossa Senhora do Carmo e revistou carros caçando manifestantes."
Ele também critica a opressão da PM em um momento que deveriam prestar apoio à luta contra as reformas."A polícia devia ter parado junto hoje. O governo tirou os militares da reforma da previdência para obter seu apoio. Mas a reforma trabalhista vai afetar a todos os trabalhadores", afirma. "Não podemos esquecer que a determinação para essa repressão foi dos governos Alckmin e Temer, que não querem deixar a população reagir", denuncia.
Boulos ironiza uma fala de Temer, em 2016, quando disse que "iria unificar o país". "De fato conseguiu unificar o país, mas contra ele. Trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e igreja. 93% da população contra as reformas. A reprovação dele é algo nunca visto. Exceto por uma parcela de partidos desacreditados e empresários, ele não tem qualquer apoio."
Segundo ele, após a aprovação da reforma trabalhista, na última quarta-feira (26), o Congresso mostra que "está de costas para a população brasileira". "Temos o congresso mais desacreditado da história, envolvido em todo tipo de denúncia. Temos um governo ilegítimo, sem voto e que aplica um projeto que não foi escolhido pelo povo. Um congresso que não tem legitimidade para votar essas reformas. Então, é natural que a política vá para as ruas. Temos de ver se eles vão entender o recado e parar as reformas ou continuar de costas para o povo brasileiro. E aí, vamos ter certamente uma radicalização ainda maior da luta social no pais."
Além das mobilizações no início desta sexta, o coordenador do MTST lembra que ainda haverá um ato, às 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona sul de São Paulo, que fará uma marcha até a casa do presidente Michel Temer. "Vamos coroar a já vitoriosa greve geral."
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/292733/'Objetivo-dos-bloqueios-%C3%A9-parar-o-pa%C3%ADs-e-reverter-as-reformas-de-Temer'-diz-Boulos.htm
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