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sexta-feira, 15 de junho de 2012

A indignação diante do sarcasmo dos europeus

 

Transformar a agricultura... 2

Posso parecer pessimista, mas o próprio sistema em que vivemos não permite uma ação em direção ao bem comum. O próprio conceito de lucro impede isso, pois para alguém ganhar, alguém tem que perder... Só um verdadeiro desmonte de toda a estrutura criada para um novo recomeço. Por isso, pelo menos enquanto eu estiver vivo, isso só será resolvido com a volta de Jesus. O problema é muito maior do que o ambiental. "Caiu a grande Babilônia!"

Quanto ao Amazonas, é sempre a mesma coisa... O mundo inteiro inveja nossa agricultura. Manda ele pressionar os políticos de lá para que derrubem as casas e as empresas, e plantem uma nova floresta no lugar, depois, venha dar o exemplo. Se destruirmos o Amazonas e isso afetar o mundo inteiro, não seremos mais culpados do que eles. Não venham apontar o dedo...

Engraçado, as instituições financeiras de grande parte da Europa cavaram seu próprio buraco - sempre mirando o lucro máximo - e agora estão despejando trilhões de Euros do povo neste mesmo buraco para tirá-los de lá. Quando a ajuda financeira é para os países "periféricos", o termo utilizado é de quebra ou falência, mas "lá", no "centro", chamam-na de resgate, apoio, estímulo, etc.. Comparem como o foco da "quebra" da Argentina foi tratado e como o "resgate" espanhol, por exemplo, é mostrado.

No fundo, trata-se de uma intervenção na economia, que favorece o mercado financeiro e deixa as consequências para a população...

A estratégia do "primeiro mundo" foi construir uma estrutura de inovações e rendimentos, que nada tem a ver com o avanço rumo a um verdadeiro bem-estar da humanidade. O hemisfério norte ocidental, se atribui a exclusividade da virtude "open mind" - abertura mental - ou seja: tudo o que não se enquadre no cânon de hegemonia imperial, não é considerado democrático e nem politicamente correto. Tudo o que for contra o estilo americano - VIP, Anglo-saxão (WASP), e solvente - sofrerá as consequências.

Ainda bem que as rachaduras começam a surgir em todo lugar, pois quando a Babilônia cair, seremos, enfim, libertados da estrutura... Enquanto isso, contrariado no espírito, eu continuo insustentável, destruindo as espécies e degradando o meio ambiente - colaborando com o grande irmão para a construção utópica de um novo mundo - ainda que eu negue com a boca...

Abraços

Marcos Rizzo

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