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quinta-feira, 13 de abril de 2017

NA LISTA DA ODEBRECHT, CUNHADO DE ALCKMIN É CONSIDERADO FIEL

SP 247 - Acusado de ter recebido 'pessoalmente' R$ 10 milhões da Odebrecht para repassar a seu cunhado Geraldo Alckmin (PSDB), Adhemar César Ribeiro é considerado 'fiel' pelo governador, também citado nas delações premiadas de executivos da empreiteira. Adhemar é braço-direito de Alckmin há mais de uma década. Em 2006, com sua ajuda, o comando da campanha presidencial do tucano montou um gabinete para o comitê financeiro. Após a derrota para Lula (PT), por um período o tucano usou o espaço de uma das empresas do cunhado, na avenida Nove de Julho.
O jornal Folha de São Paulo diz que três aliados de Alckmin descrevem a relação dos cunhados como "íntima" e "discreta". Em 2010, quando o tucano concorreu ao governo de SP, "só tratava dessas coisas [dinheiro] com o Adhemar", diz um correligionário. O cunhado é visto como um "um aliado fiel", que só faria algo com autorização expressa do marido da irmã.
Não é a primeira vez que Adhemar é associado a um esquema de corrupção. Ele sequer é o único irmão de dona Lu com imbróglios legais.
Em 2011, a coluna "Painel" publicou a nota "Os Cunhados": "Entre as encrencas a envolver os irmãos da primeira-dama, a que mais aborreceu Alckmin foi a protagonizada por Adhemar. Ao contrário de Paulo Ribeiro, investigado na máfia da merenda em Pindamonhangaba e de quem o governador nunca foi próximo, Adhemar sempre desfrutou da confiança do tucano".
Naquele ano, a Corregedoria-Geral da Prefeitura de São Paulo reabriu investigação já arquivada na gestão Marta Suplicy (PT). Alvo: Wall Street, empresa da qual ele era procurador, e sua esposa e filhos, sócios. Suspeita: falsificação de papéis que teria fraudado o município em R$ 4 milhões.
Na época, Adhemar reclamou de perseguição por ter ajudado seu cunhado a arrecadar dinheiro na eleição de 2008. O racha entre Gilberto Kassab, que acabou virando prefeito, e Alckmin (terceiro lugar) monopolizava o noticiário. Adhemar também se queixou de ter um prédio lacrado pela Prefeitura de Kassab.
Outro endereço de Adhemar virou notícia em 2016. Aos 75 anos, o empresário foi alvo de uma quadrilha especializada em invasões de casas de luxo. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele dormia em sua mansão no Morumbi quando bandidos encapuzados arrombaram a porta de seu quarto.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/290228/Na-lista-da-Odebrecht-cunhado-de-Alckmin-%C3%A9-considerado-fiel.htm

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