A bancada do PCdoB divulgou nota em que se posiciona contra o uso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar para compra de passagens aéreas aos cônjuges de deputados. A medida foi aprovada pela Mesa Diretora da Câmara e se restringe ao trajeto entre o estado de origem do parlamentar e Brasília. Até essa decisão, os bilhetes aéreos só podiam ser emitidos para os deputados e seus assessores de gabinete.
“A bancada do PCdoB considera incorreta e inoportuna a decisão da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados que autoriza o uso da cota de passagens para os cônjuges. Não fazemos parte da Mesa Diretora e consideramos que esta autorização confronta a essência do uso da verba que deve ser, exclusivamente, para gastos relacionados à atividade parlamentar”, diz trecho da nota.
“A liberação, portanto, não se justifica e, de nossa parte, permanece o impedimento. Não faremos uso deste expediente administrativo e reivindicamos sua revisão”, conclui a nota do PCdoB.
O Psol, o PSDB e o PPS também anunciaram que não pretendem fazer uso desse benefício. O líder tucano na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que os deputados do partido não usarão esses recursos. “É inaceitável que, num momento em que a sociedade é penalizada com o aumento de impostos e alta nos preços, conceda-se esse privilégio aos parlamentares. É um total desrespeito com os brasileiros, que já estão pagando o preço da incompetência do governo Dilma e agora, terão de arcar com essa mordomia. É um contrassenso. O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares”, afirmou Sampaio.
Chico Alencar, do Psol, diz que com o salário que ganha, o deputado tem condição de bancar isso (passagem aérea para cônjuges)”.
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