Presidente defendeu, em pronunciamento, as manifestações realizadas neste domingo e afirmou que "valeu lutar pela liberdade"; "Presto homenagem a todos os que lutaram contra o regime de exceção e pela democracia e pelo restabelecimento das liberdades democráticas", disse Dilma, acrescentando que teve a "honra de participar da resistência à ditadura"; segundo ela, "nunca mais no Brasil vamos ver pessoas que, ao manifestarem sua opinião, seja contra até a presidenta, possam sofrer consequências" no País; em entrevista coletiva, ela também defendeu os ajustes econômicos e repudiou "aqueles que acreditam no quanto pior, melhor"; "Criamos empregos enquanto lá fora havia 60 milhões de desempregados"; Dilma anunciará ainda essa semana novas medidas contra a corrupção
16 de Março de 2015 às 16:58
247 – Um dia após os protestos realizados em diversas capitais do País contra o governo federal, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em pronunciamento, a liberdade das manifestações e disse que "valeu lutar pela liberdade" e contra a ditadura militar.
"Presto homenagem a todos os que lutaram contra o regime de exceção e pela democracia e pelo restabelecimento pelas liberdades democráticas", afirmou. Ela acrescentou que teve a "honra de participar da resistência à ditadura". Segundo Dilma, "nunca mais no Brasil vamos ver pessoas que, ao manifestarem sua opinião, seja contra até a presidenta, possam sofrer consequências".
"Presidente de todos os brasileiros"
Dilma assegurou que governará o País para os 203 milhões de brasileiros, tenham ou não votado no PT, participado ou não das manifestações de ontem.
Ajustes econômicos
Dilma também defendeu os ajustes econômicos, que assegurou, "serão usados em defesa de todos". "Vamos fazer os ajustes necessários, dialogando com todos. Uma posição de humildade, mas com firmeza", acrescentou. Ela também destacou as ações do governo para minimizar os efeitos da crise econômica, como desemprego e redução de direitos e da renda, e ressaltou que, enquanto no exterior havia 60 milhões de desempregados, no Brasil criava-se empregos.
Manifestações
"Eu não quero consenso, eu acho que tem que se aceitar que as vozes são diferentes, num país complexo como esse. É da democracia não haver concordância e unanimidade. É uma temeridade acreditar que alguém ganhará com isso, é uma ausência de lucidez política".
Influência negativa da prisão de Renato Duque e acusação contra João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, no governo
"Eu não acredito não, porque eu acho que todos esse acontecimentos mostram que quando o governo interferiu sobre o MPF ou quem quer que seja para investigar é absolutamente infundada. Tanto é assim que isso acontece e o governo continua. Se quer investigar, vamos investigar, quem for responsável, pagará. Todo mundo tem o amplo direito de defesa, o que vale para todo mundo, vale para todo mundo. Se estão se referindo ao governo como sendo eu, jamais, em tempo algum".
Diálogo
"Tem uma certa volúpia da imprensa em querer uma situação confessional. A atitude de humildade é a seguinte: você só pode abrir diálogo com quem quer abrir diálogo. Eu procurarei ter diálogo seja com quem for. Agora eu não estou aqui fazendo nenhuma confissão, é uma entrevista. Se alguém achar que eu não fui humilde em algum diálogo, me diz qual, onde, quem sabe eu não fui mesmo, aí eu vou avaliar".
Corrupção
"A corrupção não nasceu hoje. Ela não só é uma senhora, não nasceu hoje, como não poupa ninguém. Pode estar em tudo quanto é área, inclusive no setor privado. O combate à corrupção começa também através da educação, da valorização do trabalho. Mas uma pessoa não pode também cometer pequenas infrações que cria um clima de permissividade".
Fies
O governo cometeu um erro ao passar para o setor privado o controle das matrículas. Não aceitamos que uma pessoa que tira zero em português tenha direito à bolsa. Não fizemos isso com o Enem, nem com o ProUni.
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