Renan quer mudar regras do Ministério Público
Citado nos pedidos de investigação de Rodrigo Janot enviados ao Supremo Tribunal Federal, presidente do Senado, Renan Calheiros, critica a condução da operação Lava Jato pelo MP e defende novas regras para recondução do procurador-geral da República: "Quem sabe se nós, mais adiante, não vamos ter que, a exemplo ao que estamos fazendo com o Executivo, regrar esse sistema que o Ministério Público tornou eletivo"
6 de Março de 2015 às 05:25
247 - Presente na lista de Rodrigo Janot, enviada ao Supremo Tribunal Federal, para investigar políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a condução do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato e defendeu novas regras para recondução do procurador-geral da República.
"Lamento que o Ministério Público não tenha ouvido as pessoas como é praxe. Para que as pessoas questionadas possam se defender, apresentar as suas razões", disse.
Ele disse que as especulações em torno da lista não são tão importantes quanto o trabalho que as instituições públicas estão desenvolvendo em relação ao caso:
“Eu acho que a democracia está indo muito bem, é um momento de esplendor da democracia e o Brasil ganhará muito com tudo isso. Isso [a lista] é muito pouco importante na democracia. O fundamental na democracia é que o Ministério Público seja cada vez mais Ministério Público, que o Judiciário seja cada vez mais Judiciário e que o Legislativo seja cada vez mais Legislativo”, disse.
Segundo ele, “quando há excesso, quando há pessoas citadas injustamente, a democracia depois corrige tudo isso”.
Renan defendeu ainda a desincompatibilização do posto de procurador-geral antes do período eleitoral.
"Estamos com o procurador em processo de reeleição para sua recondução ao Ministério Público", disse. "Quem sabe se nós, mais adiante, não vamos ter que, a exemplo ao que estamos fazendo com o Executivo, regrar esse sistema que o Ministério Público tornou eletivo."
Leia aqui reportagem de Mariana Haubert sobre o assunto.
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