Denúncia do jornal O Globo, deste fim de semana, acusa Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, de extorquir o empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, por meio da deputada Solange Almeida, do Rio de Janeiro; Cunha nega: ”O procurador fala em representação na Câmara dos Deputados que teria sido feita por mim, mas jamais cita a representação, que, absolutamente, não existe. Bastava uma simples pesquisa no portal da Câmara para ver todas as propostas que apresentei, e isso posso provar. Só que ele, o procurador, não tem como provar”
8 de Março de 2015 às 08:29
Rio 247 - Denúncia do jornal O Globo, deste fim de semana, acusa Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, de extorquir o empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, por meio da deputada Solange Almeida, do Rio de Janeiro; Cunha nega: ” O procurador fala em representação na Câmara dos Deputados que teria sido feita por mim, mas jamais cita a representação, que, absolutamente, não existe. Bastava uma simples pesquisa no portal da Câmara para ver todas as propostas que apresentei, e isso posso provar. Só que ele, o procurador, não tem como provar”. Reportagem do site Tijolaço contesta Cunha. Leia abaixo:
Cunha nega ter pressionado Mitsui com requerimento. Não, usou uma “laranja”. Está aqui
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Hoje, para rebater o procurador Rodrigo Janot de suas acusações sobre a extorsão que teria sido praticada contra o empresário Júlio Camargo e o grupo japonês Mitsui, Eduardo Cunha diz que não fez, como alega a Procuradoria, nenhuma representação contra o grupo.
” O procurador fala em representações na Câmara dos Deputados que teria sido feita por mim, mas jamais cita a representação, que, absolutamente, não existe. Bastava uma simples pesquisa no portal da Câmara para ver todas as propostas que apresentei, e isso posso provar. Só que ele, o procurador, não tem como provar.”
Vou dar uma “mãozinha” ao Dr, Janot.
Mande chamar a prefeita Solange Almeida, de Rio Bonito, cabo eleitoral incondicional de Eduardo Cunha.
Antes de ser prefeita, Solange era deputada federal, suplente em exercício.
Foi nessa condição que ela apresentou, em 2011, requerimento ao Tribunal de Contas da União sobre “vários contratos envolvendo a construção, operação e financiamento de plataformas e sondas da Petrobrás, celebrados com o Grupo Mitsui, contém especulações de denúncias de improbidade, superfaturamento, juros elevados, ausência de licitação e beneficiamento a esse grupo que tem como cotista o senhor Júlio Camargo, conhecido como intermediário.”
Assim, isso mesmo, na base da generalidade.
Típico “ó, cara, posso te f….”
A dona Solange, ao que eu saiba, não tem qualquer intimidade com o setor naval.
Rio Bonito, aliás, um lugar bacana, é grande produtor de laranjas de meu Estado.
Tenho a impressão que, em matéria de navios, D. Solnage não sabe a diferença entre bombordo e boreste, mas sabe perfeitamente a quem deve o seu caminho:
-– Eu tive o meu mandato caçado (sic) e por três anos eu fiquei pendurada por uma liminar. O meu mandato foi mito prejudicado por conta dessa situação, mas eu sempre pude contar com Eduardo Cunha. Ele sempre esteve ao meu lado até que eu fui inocentada…
Pronto, Dr. Janot, tá aí o caminho das pedras para detonar o “álibi” de Eduardo Cunha.
Com a foto, para deixar a promoção bem bonita e instruída, e até desfoquei o rosto do menor que aparece nela, para evitar macular o único inocente da imagem.
O senhor sabe, o Google é mais barato que meio procurador, né?
Leia, ainda, reportagem do Conjur a respeito:
Segundo petição, Eduardo Cunha usou Câmara em pressão por propina
As delações premiadas do doleiro Alberto Yousseff e do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho motivaram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a pedir a abertura de inquérito contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O deputado é acusado de receber propina em um contrato para fornecimento de navios para Petrobras. Segundo o doleiro Alberto Youssef, o executivo Julio Camargo pediu para que fosse pago um percentual ao PMDB, "notadamente o deputado federal Eduardo Cunha, bem como em favor de Paulo Roberto Costa, à época diretor de Abastecimento da Petrobras",
Os pagamentos, segundo Yousseff eram feitos por meio do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que segundo o doleiro representava o PMDB na Petrobras. De acordo com o depoimento, além deste contrato, após o PMDB se articular para manter Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras, o partido passou a receber propina também por outros contratos.
Em um trecho de seu depoimento, o doleiro Alberto Yousseff narra um episódio que mostra o envolvimento direto de Eduardo Cunha no esquema. Com a suspensão do pagamento de propina feito por Julio Camargo, Eduardo Cunha usou uma comissão da Câmara para pressioná-lo a voltar a pagar. A partir disso, Camargo passou a fazer o pagamento por conta própria.
Para a Procuradoria-Geral da República, Alberto Yousseff "reiterou, e com razoável detalhamento, que Eduardo Cunha era beneficiário dos recursos e que participou de procedimentos como forma de pressionar o restabelecimento do repasse dos valores que havia sido suspenso, em determinado momento, por Júlio Camargo".
Para a PGR, assim como aconteceu com o senador Renan Calheiros (PDMB), os pagamentos aconteceram por doações eleitorais oficiais. O que, segundo o esquema descrito, pela PGR era uma das formas utilizadas pelos operadores. Segundo Janot, essas doações "em verdade, consistiam em propinas pagas e disfarçadas do seu real propósito".
"Importante destacar, por oportuno, os vultosos valores recebidos por Eduardo Cunha (em princípio como “doações oficiais”) de várias empresas que já se demonstrou estarem diretamente envolvidas na corrupção de parlamentares (especialmente em período prévio às eleições), reiterando-se que uma das formas de pagamento de propinas (anteriormente detalhado) era exatamente a realização de várias doações registradas “oficialmente” aos Diretórios dos Partidos (que depois repassavam aos parlamentares)", escreveu Janot na petição.
Casa amarela
Janot menciona ainda no pedido de abertura de inquérito o depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, que transportava dinheiro a pedido de Yousseff. Em depoimento, o policial afirmou que levou "umas duas ou três vezes" dinheiro para uma casa amarela localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que seria de Eduardo Cunha.
Segundo a PGR, a casa pertence ao advogado Francisco José Reis, aliado do deputado estadual eleito Jorge Sayeda Picciani, atual presidente do PMDB do Rio de Janeiro, que possui fortes ligações com Eduardo Cunha.
O doleiro Alberto Yousseff não confirmou em seu depoimento que o dinheiro era para Eduardo Cunha, no entanto confirmou que a entrega citada por Jayme efetivamente ocorreu, a pedido da construtora OAS, com dinheiro de caixa 2.
Assim, diante dos ocorridos, o procurador-geral Rodrigo Janot pede a abertura de inquérito. "Os elementos indicam que ao menos deve-se aprofundar as investigações, para se confirmar ou não a entrega das quantias, assim como confirmar ou descartar o envolvimento dos parlamentares mencionados", disse.
Absurdos divulgados
Em nota divulgada em seu blog, o deputado Eduardo Cunha contesta o que ele classifica como absurdos divulgados a seu respeito. Segundo ele, Fernando Soares nunca representou o PMDB e nem a mim. Além disso, afirma que a representação citada para pressionar Julio Camargo jamais existiu.
"Simplesmente não fiz qualquer representação e se, por ventura, outros parlamentares fizeram, por que, então, o procurador não pediu inquérito dos outros parlamentares?", questiona.
Eduardo Cunha também critica Yousseff, que segundo ele "é um delator desqualificado". O deputado questionou também a relação feita pela PGR entre as doações à sua campanha e às feitas ao partido/
"Neste ponto, há dois grandes absurdos: o primeiro é criminalizar a doação de campanha por ser de empresa envolvida no suposto esquema de corrupção. Imaginem só todas as campanhas majoritárias, incluindo a da Dilma, a do Aécio e todas as outras? Também receberam doações destas empresas. Por que, então, não abriram inquérito contra todos que receberam doações dessas empresas?".
" Após ler o inquérito, a mim não restou qualquer dúvida de que ter novo depoimento do delator dez dias após eu me eleger, e usar como referência a história do policial — e pasmem — doações oficiais de campanha como indícios de que esse inquérito foi proposto por motivação política — é mais uma alopragem que responderei e desmontarei com relativa facilidade", complementa Eduardo Cunha.
Clique aqui para ler a petição contra Eduardo Cunha.
http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/172450/Cunha-é-acusado-de-extorsão-na-Lava-Jato.htm
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