"Dilma não foi vítima. Ela é uma mulher forte. Quem deveria estar preso está solto. A democracia foi quem perdeu. É um buraco tão grande que se criou nesse país que estamos pagando agora. Bala que dispara contra o tempo, sempre volta", disse o cantor pernambucano em entrevista na Jovem Pan; "O sistema desse país deve desculpas, não apenas a presidente, mas para todos", afirmou; assista acima
Revista Fórum - O músico Pernambucano Otto foi ao programa Morning Show, da Rádio Jovem Pan desta sexta-feira (28) falar sobre o seu novo álbum, "Ottomatopeia", que foi lançado nas plataformas digitais nessa manhã. O que acabou acontecendo, no entanto, foi um grande bate-boca sobre política com o jornalista Augusto Nunes. Otto defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016, o que provocou reações adversos de Nunes.
Assumidamente de esquerda, o cantor disse que o país está passando por uma tortura política, econômica e social e que Dilma sempre foi uma pessoa honesta rodeada de lobos no congresso.
"Dilma não foi vítima. Ela é uma mulher forte. Quem deveria estar preso está solto. A democracia foi quem perdeu. É um buraco tão grande que se criou nesse país que estamos pagando agora. Bala que dispara contra o tempo, sempre volta", comentou, bastante irritado.
Questionando a visão de Otto sobre a ex-presidente, o jornalista Augusto Nunes apontou pontos sobre o governo da petista, que perdeu seu mandato sob a acusação de pedalada fiscal e foi citada nas delações da Odebrecht.
Mesmo assim, Otto garantiu que não é militante do PT e que apenas defende sua posição política. Para ele, a única salvação do país são as eleições de 2018, quando os brasileiros terão a chance de limpar todos os corruptos da vida política.
"Eu não tenho partido, tenho posições minhas. A única coisa que vai ajudar é uma eleição direta", afirmou. "Eu sou de esquerda. Meu partido é a esquerda e o seu? É a direita", disse a Augusto Nunes. "O sistema desse país deve desculpas, não apenas a presidente, mas para todos. Todo mundo sabe que ela estava no meio de macacos. Dilma era uma pessoa honesta, não precisava sair daquele jeito", concluiu.
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