247 - Em depoimento à Justiça Federal nesta quarta-feira (26), o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse ter sido pressionado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por não acelerar investimentos do banco em determinadas empresas. Hereda afirmou que o então deputado avisou que o convocaria a depor na CPI da Petrobrás se projetos de seu interesse não recebessem financiamento antes dos projetos da petrolífera.
"O senhor Eduardo Cunha reclamava do andamento dos projetos. Mas que a gente andava muito rápido com a Petrobrás. E disse que, se a gente aprovasse os da Petrobrás antes dos outros, ele iria me convocar para a CPI da Petrobrás. Eu disse que não era presidente da Petrobrás, era presidente da Caixa", declarou.
Hereda depôs em ação penal que apura suposto esquema de cobrança de propina de empresas, em troca da liberação de financiamentos da CEF. Cunha e o também ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ambos atualmente presos, estão entre os réus. Hereda não citou quais as empresas por quem Cunha intercedia.
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