Por Fernando Brito, do Tijolaço - O Ministro da Fazenda de fato, Romero Jucá, e o líder do Governo Temer, Andre Moura (aquele do Eduardo Cunha, lembram?) já definiram o aumento do rombo fiscal, com a fixação de uma nova meta de déficit, que passa da R$140 bilhões negativos para R$ 170 bilhões.
O valor é o que, informa Mônica Bergamo, na Folha:
Jucá, apontado como articulador da revisão da meta, diz que o tema “só será discutido no final do mês”, depois que Fazenda e Planejamento apresentarem projeções sobre a receita e corte de gastos do governo.
Vai se confirmando o que – sem nenhum mérito, pois era óbvio- este blog vem afirmando há um mês: não havia meios de se chegar ao valor negativo – já imenso – programado no Orçamento. E, ainda, o que se disse aqui, há dois dias: Romero Jucá é o Ministro da Fazenda do Brasil.
Há uma historinha – mais de desejo que de promessa – de que o grupo de Rodrigo Maia estaria negociando a provação da reforma previdenciária para “dar cobertura” ao aumento do déficit, porque isso sinalizaria ao “mercado” que “piorou, mas vai melhorar”.
Ninguém tem condições de aprovar uma reforma da Previdência profunda a esta altura. Mesmo para a quadrilha que se acumpliciou a Temer, votar contra a denúncia de Janot e contra os aposentados é dose cavalar, mesmo com farta distribuição de emendas.
Pondera o jornalista Aziz Filho, na newsletter BússolaBR:
A questão é: quem tem credibilidade para firmar esse pacto e combinar com os russos, no caso os eleitores com a faca nos dentes contra a reforma? No final, ficará só o aumento da meta e a tentativa de arranjar uma desculpa para acalmar Meirelles. Será que cola?
Tales Faria, no Poder360, diz que o embate de Meirelles se dará depois da votação da permanência de Temer, mas não demora muito porque Jucá, que fala em nome de Temer diz , em conversas privadas que “a máquina pública vai parar”.
Já está parando, senhores.
A minha única dúvida é se a ampliação em R$ 30 bilhões serão o bastante para a ampliação da meta. Porque da ampliação da meta é praticamente inevitável o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, as pressões para liberação do que foi contingenciado (R$ 47 bilhões, em duas etapas) e a fome, infinita fome, dos parlamentares que vão querer mais pelo “Fica, Temer”
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