247 - A Aliança Progressista, entidade internacional que reúne partidos de esquerda de pelo menos 91 países, manifestou repúdio à sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e meio de prisão.
Em nota divulgada à imprensa, a Aliança Progressista disse que Lula foi condenado unicamente com base em denúncias e sem provas e criticou a parcialidade do juiz Sérgio Moro. "As dúvidas quanto à imparcialidade de partes da Justiça, incluindo o juiz Sérgio Moro, não surgiram sem razão. Suas posições parciais e os permanentes ataques e tentativas de deslegitimar Lula nos meios de comunicação brasileiros criaram um clima de condenação de antemão. Sob tais circunstâncias dificilmente se pode falar em um juízo justo", afirma a entidade.
O órgão internacional defendeu a reforma da condenação de Lula pela Justiça brasileira e disse que o contrário irá afetar "inevitavelmente o processo democrático das próximas eleições presidenciais".
"Lula fez o Brasil avançar durante sua presidência, reanimando o projeto de progresso socialista, lutando firme contra a fome, a pobreza e a discriminação no Brasil – reduzindo a grande desigualdade social. A nível internacional, Lula deu ao Brasil uma voz importante a favor do multilateralismo, da paz e da justiça. Precisamos de um Brasil novo e progressista – sob a direção de Lula e do PT", diz a nota.
A Aliança Progressista reúne partidos como o Partido Social Democrata Alemão (SPD), o Partido Democrata Italiano, o Partido Socialista da França, Partido do Congresso Indiano, além dos Democratas dos EUA. De acordo com a nota, a condenação aponta para uma "extrema polarização e por uma politização preocupante da Justiça brasileira".
Leia a íntegra:
"Declaração da Aliança Progressista
O ex-presidente do Brasil e antigo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado em um processo extremamente polêmico de primeira instância por corrupção passiva.
As acusações, a argumentação e a motivação da sentença são altamente questionáveis porque ninguém pode ser condenado unicamente com base em denúncias e sem provas. Isso se pode explicar unicamente perante a extrema polarização e por uma politização preocupante da Justiça brasileira.
As dúvidas quanto à imparcialidade de partes da Justiça, incluindo o juiz Sérgio Moro, não surgiram sem razão. Suas posições parciais e os permanentes ataques e tentativas de deslegitimar Lula nos meios de comunicação brasileiros criaram um clima de condenação de antemão.
Sob tais circunstâncias dificilmente se pode falar em um juízo justo.
Agora a sentença deverá ser examinada pela segunda instância. Só assim a Justiça brasileira pode mostrar que por motivos políticos não desempenharam um papel, sobretudo o de impedir uma nova candidatura presencial de Lula.
Qualquer falha na revisão da sentença afetará inevitavelmente o processo democrático das próximas eleições presidenciais.
Lula fez o Brasil avançar durante sua presidência, reanimando o projeto de progresso socialista, lutando firme contra a fome, a pobreza e a discriminação no Brasil – reduzindo a grande desigualdade social. A nível internacional, Lula deu ao Brasil uma voz importante a favor do multilateralismo, da paz e da justiça. Precisamos de um Brasil novo e progressista – sob a direção de Lula e do PT."
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