Prefeito de São Paulo assinou o aditivo contratual que reduz o saldo da
dívida de São Paulo, de R$ 74 bilhões para R$ 27,5 bilhões; segundo a
prefeitura, a redução equivale a dez anos de investimento na cidade; "Nos
próximos anos, São Paulo retomará gradualmente a capacidade de investimento para
atender às demandas da população, como mobilidade urbana, saneamento, habitação,
saúde e educação", informou a gestão Haddad
29 de Fevereiro de 2016 às 15:16
Rodrigo Gomes, da RBA
- Após três anos de negociações, o prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), conseguiu fechar o acordo de renegociação da dívida do município
com a União. Na última sexta-feira (26), a prefeitura da capital paulista
assinou o aditivo contratual que reduz o saldo da dívida de R$ 74 bilhões –
situação em que se encontrava em 1º de janeiro de 2016 –, para R$ 27,5 bilhões.
Com isso, a parcela mensal paga à União cai de aproximadamente de R$ 370
milhões para R$ 200 milhões, o que representa uma economia de R$ 2 bilhões por
ano que poderá ser revertida em investimentos.
Em vez de utilizar o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI,
da FGV) acrescido de juros de 9% ao ano, a dívida passou a ser gerida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, do IBGE) – de menor
variação positiva – acrescido de juros de 4% ao ano, limitados à variação da
Taxa Selic.
Segundo a prefeitura, a redução da dívida em R$ 46 bilhões equivale a dez
anos de investimento na cidade. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal não
permite que um município faça empréstimos quando atinge um endividamento
correspondente a 1,2 vezes a receita orçamentária. Agora esse índice está em 0,8
na capital paulista. "Nos próximos anos, São Paulo retomará gradualmente a
capacidade de investimento para atender às demandas da população, como
mobilidade urbana, saneamento, habitação, saúde e educação", informou a gestão
Haddad, em nota.
Com a mudança, além da economia anual, a prefeitura poderá fazer empréstimos
de até R$ 15 bilhões. "Essa é a maior ação estrutural do ponto de vista fiscal
da história da cidade. O momento é de comemoração para todos os cidadãos",
afirmou o secretário municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Rogério
Ceron.
A Lei Complementar 148, de 2014, autorizou a renegociação da dívida do
município com a União. No entanto, Haddad teve de ir à Justiça para obrigar a
regulamentação da lei – por meio do Decreto federal 8.616 – e a expedição de
novos contratos renegociados. Isso foi feito após acordo entre as partes, no fim
do ano passado
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/219042/Haddad-reduz-dívida-de-São-Paulo-em-R$-465-bilhões.htm
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