O presidente nacional do PT, Rui Falcão, isentou o PT das acusações contra o marqueteiro João Santana, alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato, e destacou que "quem acusa tem que provar"; "Não posso falar pelo João Santana. Todas as nossas doações são feitas legalmente", acrescentou; presidente do PT-SP, Emídio de Souza destacou que mesmo após a defesa de João Santana dizer que ele estaria de volta ao Brasil nas próximas horas, "o juiz mandou a Interpol trazê-lo. Há algo de espetaculoso nisso"; Emídio cobrou para que o juiz Sérgio Moro aja com o PSDB "com o mesmo rigor que tido contra o PT"; em despacho, Moro disse que as prisões são necessárias devido à longa duração do cometimento dos crimes de corrupção
22 de Fevereiro de 2016 às 15:51
247 – O presidente nacional do PT, Rui Falcão, isentou o PT das acusações contra o marqueteiro João Santana, alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira 22, e destacou que "quem acusa tem que provar".
Em coletiva de imprensa para apresentar o programa partidário do PT, Rui Falcão criticou que, recentemente, o ônus da prova não tem sido mais de quem acusa. "Não tem nada com relação ao PT. As pessoas, aqui de tempo recente, quem acusa não tem mais que provar. Quem acusa tem que provar", ressaltou.
"Do ponto de vista do PT, nossas declarações foram apresentadas à Justiça Eleitoral", disse. "Não posso falar pelo João Santana. Todas as nossas doações são feitas legalmente. Nossas doações foram semelhantes em valores com as campanhas", acrescentou.
O presidente do PT paulista, Emídio de Souza, também comentou a prisão. Ele avaliou que há algo de "espetaculoso" na decisão do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, em mandar prender o jornalista e publicitário, responsável por campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.
João Santana "disse que estaria de volta ao Brasil nas próximas horas. Mesmo assim o juiz mandou a Interpol trazê-lo. Há algo de espetaculoso nisso", comentou o dirigente petista.
Emídio de Souza afirmou ainda que as partes acusadas na Lava Jato não têm acesso ao processo. "Ele trabalha para prender", disse, em referência ao juiz Sérgio Moro. E cobrou do magistrado para que aja com o PSDB "com o mesmo rigor que tido contra o PT".
"Nós insistimos que isso também aconteça com os demais. Há notícias de que foram feitas remessas de dinheiro para o exterior por meio de empresas que são denunciadas como pagantes da ex-amante do ex-presidente FHC. São coisas que precisam ser apuradas", ressaltou.
Há dois dias, João Santana pediu para que fosse ouvido por Moro no âmbito da Lava Jato. Hoje, após saber que era alvo de mandado de prisão temporária, junto com sua mulher e sócia, Monica Moura, o publicitário informou que está voltando ao Brasil, onde se apresentará imediatamente às autoridades, segundo seu advogado.
João Santana e Monica estão a trabalho na República Dominicana, onde atuam na campanha política do candidato à reeleição presidencial no país. Em despacho emitido hoje, Moro disse que as prisões da nova fase da Operação Lava Jato são necessárias devido à longa duração do cometimento dos crimes de corrupção. Confira na reportagem da Agência Brasil:
Moro diz que é preciso evitar que dinheiro do crime contamine eleições
André Richter – O juiz federal Sérgio Moro disse hoje (22) que é preciso prevenir que dinheiro de origem criminosa contamine as eleições municipais de outubro. A manifestação do juiz está na decisão na qual ele decretou as prisões da 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (22). Por decisão do juiz, foram emitidos oito mandados de prisão decretados, entre eles o do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura.
Para justificar as prisões preventivas dos investigados, Moro disse que as medidas são necessárias, devido à longa duração do cometimento dos crimes de corrupção.
"Seria também ela [prisão] necessária para interromper a prática delitiva, o que parece ser imperativo diante da aparente habitualidade dos investigados em aceitar pagamentos subreptícios de serviços, máxime considerando que 2016 é ano eleitoral no Brasil, e é preciso prevenir que dinheiro de possível origem criminosa contamine as eleições vindouras". argumentou o juiz.
No despacho, o magistrado também disse que as investigações da Lava Jato revelam o "grau de deterioração da coisa pública". Para o juiz, a parte da investigação que mostra supostos pagamentos para parlamentares, com recursos desviados da Petrobras, compromete "qualidade de nossa democracia".
A defesa do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, informaram ao juiz federal Sérgio Moro que eles vão se entregar à Polícia Federal assim que desembarcarem no Brasil. Santana e a esposa tiveram prisão decretada hoje (22) na nova etapa da Operação Lava Jato, mas os mandados não foram cumpridos porque ambos estão na República Dominicana.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/218085/Dirigente-do-PT-‘há-algo-de-espetaculoso-em-prisão’.htm
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