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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Santana autoriza quebra de sigilo de conta na Suíça

: Publicitário João Santana assinou autorização para que os investigadores da Operação Lava Jato obtenham informações sobre uma conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça; segundo a Polícia Federal, nesta conta foram depositados US$ 7,5 milhões por offshores cujo controle é atribuído à Odebrecht e pelo lobista Zwi Skornicki; em depoimentos prestados à PF, João Santana e a esposa e sócia, Mônica Moura, afirmam que as transferências se referem a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior; defesa deles nega que os pagamentos tenham ligação com a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014
25 de Fevereiro de 2016 às 17:46
Paraná 247 - O jornalista e publicitário João Santana autorizou por escrito permissão para que os investigadores da Operação Lava Jato obtenham informações sobre uma conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça.
"Ele e a Mônica [Moura, mulher do publicitário] não guardavam extratos da conta, mas autorizaram que os investigadores tenham acesso a ela. Não é razoável que um investigado consiga um extrato na Suíça quando está preso", disse o advogado Fabio Tofic nesta quinta-feira, 25, à Folha.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, na conta desta offshore Shelbill foram depositados US$ 7,5 milhões por offshores cujo controle é atribuído à Odebrecht (US$ 3 milhões) e pelo lobista Zwi Skornicki (US$ 4,5 milhões).
Em depoimentos prestados à Polícia Federal, João Santana e a esposa e sócia, Mônica Moura, afirmam que as transferências se referem a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior. A defesa deles nega que os pagamentos tenham ligação com a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.
Pouco depois do depoimento de João Santana, a defesa protocolou um pedido de revogação da prisão temporária dele e da mulher. Fabio Tofic argumentou que o casal voltou espontaneamente da República Dominicana para o Brasil, após a ordem de prisão temporária do juiz Sérgio Moro.
"Eles são empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada", afirma a petição.
http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/218589/Santana-autoriza-quebra-de-sigilo-de-conta-na-Suíça.htm

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