A palavra da OAB sempre foi relevante nos processos políticos brasileiros. Até aqui a entidade se manteve distante da guerra do impeachment, adiando um posicionamento. Isso começou a mudar nesta manhã, com a emissão de uma nota oficial pelo presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, condenando as manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para obstruir a deliberação do Conselho de Ética sobre o processo de sua cassação. A nota afirma que a OAB está pronta para ir ao STF com uma ação para garantir o funcionamento adequado do Conselho de Ética, caso isso seja necessário.
Especificamente sobre o impeachment da presidente Dilma, a Ordem diz estar reunindo mais elementos para um posicionamento, mas no Brasil até os papagaios sabem que o impeachment de Dilma é um caso conexo com o processo de cassação de Cunha. Não tivesse o PT decidido votar pelo prosseguimento de seu processo, ele não teria acolhido o pedido de impeachment.
A nota da OAB
"Os processos nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado devem ser concluídos com agilidade. Atitudes como a substituição do relator do processo contra o deputado Eduardo Cunha em nada contribuem para o esclarecimento das suspeitas que recaem contra ele. A OAB está pronta para ir ao STF com uma ação para garantir o funcionamento adequado do Conselho de Ética, caso isso seja necessário. O Colégio de Presidentes das seccionais da Ordem dos Advogados já se manifestou no sentido de que há motivos para o mandato de Eduardo Cunha ser cassado, respeitado o devido processo legal e a ampla defesa. Prezamos pelo bom funcionamento das instituições".
Nenhum comentário:
Postar um comentário