O jornalista Josias de Souza, do UOL, diz que sob Eduardo Cunha, "vigora na Câmara uma monarquia de fato"; "Nesse sistema político, só uma pessoa usa a coroa, o manto e o cetro. No caso, o próprio Cunha. Como se sabe, há dois tipos de monarquia: as absolutas e as constitucionais. Cunha optou pelo primeiro modelo. O absolutismo lhe parece mais divertido. Autoproclamou-se Dom Cunha Primeiro, o único. No momento, dedica-se a desmoralizar a Câmara, desfilando sua amoralidade pelos corredores do prédio de Niemeyer como se nada tivesse sido descoberto sobre o seu passado recente", ironizou
9 de Dezembro de 2015 às 20:54
247 - O jornalista Josias de Souza, do UOL, diz que sob Eduardo Cunha, "vigora na Câmara uma monarquia de fato". "Nesse sistema político, só uma pessoa usa a coroa, o manto e o cetro. No caso, o próprio Cunha. Como se sabe, há dois tipos de monarquia: as absolutas e as constitucionais. Cunha optou pelo primeiro modelo. O absolutismo lhe parece mais divertido. Autoproclamou-se Dom Cunha Primeiro, o único. No momento, dedica-se a desmoralizar a Câmara, desfilando sua amoralidade pelos corredores do prédio de Niemeyer como se nada tivesse sido descoberto sobre o seu passado recente", ironiza.
Segundo o jornalista, "depois de atravessar o impeachment na taqueia de Dilma, presidente de uma República pré-falimentar, Dom Cunha Primeiro cuida de imobilizar o Conselho de Ética da Câmara, impedindo que o colegiado lhe exija explicações". "Soberano que é soberano não deve nada a ninguém. Muito menos explicações. Ao destituir o relator do processo de cassação do seu mandato praticamente sem resistências, Cunha, o único, tornou-se uma evidência caricatural de que a “normalidade democrática” de que fala Michel Temer é uma ficção", ressalta.
Texto na íntegra aqui.
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