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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Líder do PT acredita em mobilização popular contra onda conservadora no cenário político

 

VICENTINHO-PLENARIO

O líder da Bancada do PT da Câmara, deputado Vicentinho (SP) aposta na mobilização da sociedade para combater o conservadorismo que desponta no cenário politico-eleitoral e que permeia a composição da Câmara dos Deputados conforme se configurou o resultado das eleições para o Legislativo federal.

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) revela que, desde o pós-1964, esse novo Congresso que surge das urnas, é o mais conservador. As eleições de 2014, segundo o Diap, traz para o Legislativo um contingente maior de representação de militares, religiosos, ruralistas entre outros.

“A nossa bancada tem uma prática já adotada nos momentos mais difíceis e quando éramos minoria, que é a de trazer o povo para participar das decisões. Se nesta legislatura foi fundamental a participação do povo, esse próximo período legislativo vai exigir cada vez mais a participação da sociedade”, sinalizou Vicentinho.

De acordou com o petista, ou o povo se mexe ou “serão votados projetos horríveis contra os direitos humanos e contra as conquistas dos trabalhadores”. Para o líder, caso haja ameaça de retrocesso de direitos, a saída será a mobilização popular. “A receita é essa. Não tem outro jeito”.

Para Vicentinho, o novo do perfil da Câmara não é bom para a história do parlamento brasileiro. “A Câmara ficou mais conservadora e isso é ruim. Agora, o povo votou. Inocente ou não, mas votou. Teremos que trabalhar com essa nova realidade”, ponderou o líder do PT.

Entre os refluxos apontados pelo estudo do Diap, encontra-se a bancada sindical. Esse setor caiu de 83 para 46 representantes. Para Vicentinho, essa diminuição, aliada ao crescimento significativo de setores empresariais, pode colocar em risco as conquistas dos trabalhadores com investida nos direitos sindicais, trabalhistas e previdenciários.

Na Câmara os eleitores acabaram optando por renovar mais de 40% dos deputados federais. Nesse universo, incluíram seis novos partidos na Casa. A partir de janeiro de 2015, as atuais 22 legendas representadas por parlamentares passarão a ser 28.

PT na Câmara

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