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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Famílias terão que desocupar terreno

Cerca de 60 famílias que ocupam um terreno situado no bairro do Sumaré, neste município, terão que desocupar área brevemente. Caso não cumpram a determinação, a Prefeitura de Sobral promete retirar as moradias construídas no local.

Ontem pela manhã, fiscais da Secretária de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (SPLAM) estiveram no local, acompanhados por guardas civis municipais e por policiais militares, para tentar, em comum acordo, retirar os ocupantes da área. “Nós estamos aqui para resolver a situação de maneira pacífica”, disse Pedro Ivo Valença, que comandava a operação no local.

A ameaça de derrubar os casebres começou na sexta-feira, quando dois casebres foram desmontados. “Não tive tempo de retirar nada. As madeiras, as telhas, tudo foi na demolição”, contou Aristides Sabino de Sousa, 22 anos, que se mostrava revoltado com a presença dos fiscais da Prefeitura. Ninguém se apresentou como líder do movimento. “Aqui é um por todos e todos por um, não temos líder, o que sobrar para um sobra para os demais”, disse Sabino. Os fiscais informaram que o casebre derrubado estava começando a ser construído. “Como não é mais permitida a construção de novas moradias tivemos que derrubá-la”.

A maioria das famílias é formada por mais de seis pessoas. É o caso do padeiro José Edvaldo Pereira de Sousa, 40 anos, que mora em um pequeno cômodo com cinco filhos e a esposa. “Não sei o que faço. Estou com uma filha doente”, desabafa Edvaldo Pereira. Segundo Pedro Ivo Valença, os moradores terão que formar uma comissão para que possa negociar com a Prefeitura. “Eles terão que ir a Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental para fazer um cadastro colocando todos eles como moradores de área de risco”, disse, acrescentando que a Prefeitura tentará ingressar as pessoas no programa de 900 casas que irá construir em 2009.

Por Wilson Gomes.

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