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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Operação da PF associa Zezé Perrela, do helicoca, a Pablo Escobar


247 - Se a Presidência do país está ocupada por um homem vinculado intimamente às milícias, Jair Bolsonaro, o país correu o risco, em 2014, de ter um presidente, Aécio Neves, que tem num senador suspeito de tráfico de drogas seu homem de confiança - Zezé Perrela (PSDB-MG). A mídia conservadora não deu destaque ao fato nem realizou a ligação óbvia, mas a operação que prendeu nesta quarta-feira (5) dois agentes da Polícia Federal que furtaram documentos encontrados na casa de Andrea Neves, irmã de Aécio, tem o nome de "Escobar", numa referência ao mais famoso traficante da história, o colombiano Pablo Escobar.

Um dos presos foi o policial federal Marcio Antonio Camillozzi Marra,que foi nomeado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, exatamente o senador Zezé Perrella, para integrar a comissão que investiga uma série de irregularidades no clube de futebol. A família de Perrella é dona do helicóptero que foi apreendido em 2013 pela PF com 445 kg de cocaína no Espírito Santo, e que ganhou o apelido de helicoca -Zezé acabou inocentado porque alegou que a cocaína não era sua.

Em maio de 2017, Perrela foi flagrado mais uma vez: Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, pedindo R$ 2 milhões e o dinheiro foi depositado numa empresa de seu homem de confiança.

Além do agente Marcio Antonio Camillozzi Marra, foi preso o também agente Paulo de Oliveira Bessa. Outra pessoa vinculada a Perrela foi presa, o advogado Ildeu da Cunha Pereira, conselheiro nato do Cruzeiro.

Os documentos que foram alvo da operação foram encontrados com Andrea Neves em 2017, quando ela foi presa e houve uma busca em seu apartamento, na Operação Patmos, lastreada em delações premiadas da JBS. Ela é suspeita dos crimes de corrupção, organização criminosa e embaraço às investigações.

Ao se depararem com os documentos, os investigadores suspeitaram do vazamento de informações de diversas operações. Por meio de nota, a PF ressaltou que "tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos escritórios de advocacia dos envolvidos, além de três mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/sudeste/395782/Opera%C3%A7%C3%A3o-da-PF-associa-Zez%C3%A9-Perrela-do-helicoca-a-Pablo-Escobar.htm

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