247 - A relação íntima entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, com o então juiz Sérgio Moro e o procurador do Ministério Público, Deltan Dallagnol, desvelada pela divulgação de mais uma conversa entre os magistrados, nesta quarta-feira (12), coloca em xeque uma decisão de Fux no ano passado. Em setembro de 2018, dias antes das eleições, o ministro contrariou a Constituição e proibiu que o ex-presidente Lula (PT) fossem entrevistado na prisão, em Curitiba, dias antes das eleições presidenciais.
Na decisão, em 2018, o ministro determinou que Lula "se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral", negando pedido da Folha de S. Paulo.
"Determino, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada por parte do aludido requerido, a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência (art. 536, § 3º, do novo Código de Processo Civil e art. 330 do Código Penal)", disse Fux na decisão.
Relações íntimas
Em conversa em um grupo de procuradores, Deltan Dallagnol conta ter conversado "mais uma vez com Fux hoje, reservado, é claro", e diz ter recebido apoio do ministro do STF. "Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs", escreve Deltan. A conversa foi encaminhada ao então juiz Sérgio Moro, que respondeu "excelente, in Fux we trust". A divulgação do diálogo inédito foi feita pelo editor do Intercept, Leandro Demori, na Bandnews.
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