18 de outubro de 2018 eduguim Destaque, Reportagem, Todos os posts
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Ano passado, o STF decidiu que empresas não poderiam mais doar dinheiro para campanhas eleitorais. Hoje, só pessoa física pode doar até o limite de 10% de sua renda. Denúncia do jornal Folha de SP feita nesta 5ª feira 18, porém, dá conta de que Bolsonaro vem zombando da lei ao ter sua guerra contra Haddad pelo Whats App financiada por empresas. Isso dá cana!
Pelo Twitter, na tarde de quinta-feira 18 de outubro, a colunista da Folha de São Paulo Monica Bergamo comentou a bomba atômica que o jornal publicou em manchete de primeira página.
Bergamo se referiu a postagem do diretor do instituto Datafolha, Mauro Paulino, que diz que o uso de caixa 2 por Jair Bolsonaro para pagar para dezenas de milhares de grupos de Whats App inundarem os celulares dos brasileiros com notícias falsas contra Fernando Haddad influenciou decisivamente a arrancada insuspeita do candidato da extrema-direita na votação de 7 de outubro.
No vídeo de quarta-feira 17, o Blog da Cidadania informou que havia vários e fortes indícios de que Bolsonaro estava cometendo crime eleitoral com grupos de Whats App e outdoors pagos por agentes indeterminados que ele chama de “apoiadores”. Esses “apoiadores”, apoiam tanto que estão gastando dezenas de milhões de reais para, digamos, “apoiar” o fascista.
Agora, nesta quinta 18, a Folha de São Paulo publica manchete de primeira página revelando que Bolsonaro usou caixa 2 pago por empresas para criar grupos de Whats App que inundaram o país de notícias falsas contra Fernando Haddad.
A reportagem nas páginas internas do jornal é muito clara. Diz, com todas as letras, que “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp. Com contratos de R$ 12 milhões, prática viola a lei por ser doação não declarada”.
O crime eleitoral é claro. A reportagem informa, inclusive, que “empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno”.
A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. A Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan, já conhecida do grande público por suas práticas criminosas.
A Folha apurou que cada contrato de cada empresa que “apoia” Bolsonaro com empresas que divulgam fake news por Whats App chega a R$ 12 milhões. E a campanha de Haddad apurou que nada mais, nada menos do que 156 empresários contrataram, cada um, uma campanha de 12 milhões de reais para Bolsonaro poder melhor caluniar Haddad por Whats App.
Detalhe: se 156 empresários pagaram 12 milhões cada para produzir campanhas de fake news contra Haddad a fim de beneficiar Bolsonaro, o gasto total é de 1,8 BILHÃO de reais. Soma quase igual a tudo que o TSE irá gastar com todos os candidatos para todos os cargos no país todo nestas eleições.
E Haddad diz mais:
“Temos a informação de que 156 empresários estão envolvidos nesse escândalo. As pessoas vão ser chamadas a depor. Ele deixou rastro e nós vamos atrás. Vamos acionar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral para impedir Bolsonaro de agredir violentamente a democracia como ele tem feito”.
Haddad disse ainda que Bolsonaro “deixa rastro” e cogita pedir prisão por ação ilegal. Segundo Haddad, uma possibilidade é, inclusive, a de prisões em flagrante, pois se trataria de um “crime continuado” — ou seja, que continua sendo cometido, pois os empresários criminosos e o criminoso favorecido pretendem repetir o crime às vésperas do 2º turno.
Se você estava estranhando a arrancada de Bolsonaro na véspera do primeiro turno, comentada inclusive pelo diretor do Datafolha, você tem boas razões para isso. Foi ilegal, conseguida ao custo de dinheiro sujo, ilegal, torrado por empresários bandidos para enterrar de vez a democracia brasileira.
Confira a reportagem em vídeo
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