Especialista militar: forças russas não permitirão que EUA façam o que querem no mar Negro
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10:50 06.12.2018URL curta
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Após o incidente com os navios ucranianos no estreito de Kerch, os EUA estão se preparando para enviar um navio de guerra ao mar Negro, relatou o canal CNN citando fontes. O especialista militar Igor Korotchenko sugeriu qual seria a real intenção americana.
De acordo com a notícia, as Forças Armadas dos EUA enviaram um pedido ao Departamento de Estado para notificar a Turquia sobre os planos do lado americano.
"Os Estados Unidos realizam suas atividades de acordo com os termos da Convenção de Montreux. No entanto, não comentaremos sobre a natureza da nossa correspondência diplomática com o governo da Turquia", respondeu à mídia o Departamento de Estado.
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Almirante russo adverte Marinha dos EUA contra provocações no mar Negro
Durante uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista Igor Korotchenko sugeriu qual é o propósito dos planos americanos.
"Para os Estados Unidos, uma presença militar mais ou menos permanente no mar Negro [mesmo que seja em base rotativa, já que a Convenção de Montreux os proíbe de terem uma presença permanente], mostrando lá sua bandeira, é [uma questão] política", disse Korotchenko.
Para o especialista russo, essas manifestações político-militares americanas servem apenas para "mostrar sua determinação em 'conter'" a Rússia.
"Neste caso, é também o apoio à Ucrânia e à sua operação inglória no estreito de Kerch, que terminou em fracasso. A este respeito, nós devemos estar preparados para quaisquer provocações, quaisquer ações persistentes dos EUA. E devemos estar prontos para detê-los, para mostrar aos EUA o lugar deles. Nossos militares não permitirão que os americanos vejam o mar Negro como uma região onde podem agir como bem entendem", concluiu o especialista.
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Destróier norte-americano se aproxima da fronteira oriental da Rússia
Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana violaram a fronteira da Rússia, entrando em áreas temporariamente fechadas do mar territorial russo, quando seguiam do mar Negro para o estreito de Kerch. Devido às manobras ilegais, as embarcações foram detidas, junto com seus 24 marinheiros ucranianos, e estes foram processados.
O presidente russo, Vladimir Putin chamou o incidente de provocação, além de considerá-lo como um pretexto para que a lei marcial fosse introduzida na Ucrânia, antes da eleição presidencial no país, em meio ao baixo índice de aprovação do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko.
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