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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

REQUIÃO: ATRITO ENTRE JUSTIÇA E SENADO ENCOBRE O ENTREGUISMO E A PEC 241

Waldemir Barreto Paraná 247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) avaliou que crise na relação entre o Poder Judiciário e o Senado ajuda a encobrir medidas da política econômica e social no governo Michel Temer, que, de acordo com o parlamentar, são prejudiciais à população. "O suposto atrito entre o senado e o judiciário dá cobertura para PECs que liquidam a soberania do Brasil e escravizam nosso povo", afirmou o congressista no Twitter, em mais uma de suas críticas contra entrega de ativos da Petrobras para estrangeiros e contra a PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, de maneira que, neste período, a despesa de um ano seja equivalente à do ano anterior corrigida pela inflação.
Em vídeo, o parlamentar disse que, ao noticiar com certa ênfase o atrito entre os poderes Judiciário e Legislativo, além dos desdobramentos da Operação Lava Jato, a mídia tradicional tem como objetivo desviar o foco do povo para o que importa - a política econômica liberal e a PEC 241.
"Não tenho dúvida de que a Lava Jato está sendo usada como instrumento de uma política de entrega do Brasil à economia liberal", disse, no vídeo, o parlamentar, que elogiou a operação sob o argumento de que está desvendando uma corrupção sistêmica e também alegando que os trabalhados da Justiça Federal no Paraná são seletivos.
"Esse liberalismo econômico quebrou a Europa, desgraçou a Grécia, dificultou a vida da Itália, de Portugal, da Espanha. Ele está moribundo na Europa e está pedindo asilo no Brasil para essas pessoas que, com a queda de Dilma, assumiram o governo federal", acrescentou.
Requião voltou a criticar a PEC 241. "PEC 241 corta tudo que se refere ao povo e libera pagamento de juros e serviços de divida não auditada. Crime contra povo brasileiro", complementou no Twitter.
Atrito entre Judiciário e Legislativo
Ao fazer citar o atrito entre Senado e Judiciário, Requião fez referência às trocas de farpas entre a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Cármen respondeu, nesta terça-feira (25), às afirmações feitas pelo senador, que, nessa segunda-feira (24), em coletiva de imprensa, chamou de "juizeco de primeiro instância o magistrado Vallisney Oliveira, da da 10ª Vara Federal de Brasília, que autorizou a operação Métis, da Polícia Federal, no Senado na última sexta-feira 21, chamada de "invasão" pelo parlamentar. O peemedebista também acusou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de ser "chefete de Polícia" e classificou como "fascistas" os atos da Polícia Federal.
"O que não é admissível aqui, fora dos autos, é que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado", rebateu a ministra. "Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido", prosseguiu Cármen Lúcia. "E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", completou. "Onde um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nós juízes é", disse.
http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/262152/Requi%C3%A3o-atrito-entre-Justi%C3%A7a-e-Senado-encobre-o-entreguismo-e-a-PEC-241.htm

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