
Já não se discute mais política econômica, desenvolvimento, infraestrutura, distribuição de renda ou programas sociais. Há mais de dois anos, um único tema domina corações e mentes e produz manchetes de jornais: a corrupção.
Nessa corrida desenfreada por fatos novos, esta sexta-feira 21 entra para a história. Foi o dia em que policiais prenderam policiais e promotores acusaram promotores.
De manhã, cumprindo determinação do juiz Vallisney Oliveira, de Brasília, policiais federais invadiram o Senado e prenderam policiais legislativos, acusando-se de "contraespionagem", ao fazer varreduras contra grampos em gabinetes e residências de senadores.
Indignado, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pregou a separação entre os poderes o respeito institucional. "As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados", disse ele (leia mais aqui).
Horas mais tarde, foi a vez da briga MP versus MP, quando o procurador Cássio Conserino, do MP-SP, desmereceu a denúncia do também procurador Deltan Dallagnol, do MP-PR, dizendo que a acusação contra o ex-presidente Lula pelo apartamento no Guarujá (SP) deveria correr em São Paulo e não no Paraná – tese que, aliás, é sustentada pela defesa de Lula (leia mais aqui).
Ao que tudo indica, Conserino gostaria de ser o responsável pela eventual prisão de Lula, tomando o lugar dos colegas paranaenses. Nessa disputa por holofotes, a questão que se coloca é: ainda há ordem e segurança jurídica no País?
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/261604/Pol%C3%ADcia-prende-pol%C3%ADcia-MP-acusa-MP-ainda-h%C3%A1-ordem.htm
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