Cruz. Dia 9 de julho de 2015, manhã de quinta-feira, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - COGERH/SOBRAL, deu posse aos novos membros do Comitê de Bacia do Acaraú – CBA, em solenidade oficial que aconteceu no Auditório do SISAR, durante a 16 Reunião Extraordinária do Comitê de Bacia Hidrográfica Acaraú – CBA.
O mandato é de quatro anos (2015/19) e tem a representação de quarenta instituições do Poder Público e da Sociedade Civil. São representantes do Poder Público: as Câmaras de Vereadores e a Prefeitura, o Governo do Estado através de instituições como a EMATERCE, ADAGRI, CAGERCE, SEMACE e outros. O Governo Federal faz-se representar pelo IBAMA, FUNAI, DNOCS, etc. A Sociedade Civil está representada pelas Associações e Federações de Associações, SISAR, Sindicatos e usuários de água.
Várias autoridades representantes dos poderes públicos e da sociedade civil participaram da reunião, como por exemplos, Clara de Assis e Marcia Calda representando a COGERH de Fortaleza, que fez a entrega dos diplomas aos membros do Comitê empossados, Patrícia Vasconcelos da COGERH de Sobral, a Técnica da COGERH de Sobral Patrícia Vasconcelos, o Gerente das Bacias do Coreaú e Acaraú Bartolomeu Almeida, Lucivânia Figueiredo, Kamille Prado e Valdemir.
O Município de Cruz faz parte do Novo Comitê de Bacia através da Federação das Associações Comunitárias do Município de Cruz- FAC, tendo como titular o Engenheiro Agrônomo Antônio dos Santos de Oliveira Lima (Dr. Lima). Já o Município de Cariré está representado pelo Secretário do Meio Ambiente Adauto Eleotério Araújo, que já começou a trabalhar conversando com os irrigantes e ribeirinhos orientando-os sobre a nova regra para o uso racional das águas da Bacia do Acaraú.
Quase todos os municípios que fazem parte da Bacia o Acaraú estão representados no Comitê. Para uma melhor distribuição dos representantes no Comitê da Bacia, houve uma divisão em Alto, Médio e Baixo Acaraú.
Espera-se que cada representante tenha um excelente desempenho na defesa dos recursos hídricos da bacia visando o bem-estar de todos os ribeirinhos que tem na água todos os meios de sobrevivência.
Na mesma reunião, após o ato de posse dos Membros do Comitê foi realizada a apresentação do diagnóstico da situação hídrica da Bacia do Acaraú, em seguida definida a alocação da água do Vale do Acaraú para o segundo semestre de 2015, tendo sido aprovado uma vazão de 570 litros por segundo para o abastecimento humano, com 50% para o uso do DIPAN e 50 litros por segundo jusante. A previsão é de que, caso não chova em 2016, o Açude Araras está no volume morte em novembro de 2016, quando não sairá mais água na com porta.
Esta liberação visa somente o abastecimento humano, pois, para irrigação e dessedentar os animais será necessário que sejam escavadas cacimbas ao longo do leito do rio ou perfuração de poços profundos nas várzeas. Também ficou proibido o barramento da água para que ela continue a fluir para os locais mais distantes visando atender as necessidades prementes dos ribeirinhos.
Com o leito do Rio Acaraú sem água, os produtores de banana do Cariré e os demais irrigantes do vale temem perder toda safra e procuram uma alternativa para conseguir água fazendo escavações no leio do rio para superar os efeitos de uma seca que eles não viam há mais de 50 anos, reclamam os produtores ribeirinhos do Vale o Acaraú.
Enquanto isto, na foz do Rio Acaraú, os ribeirinhos reclamam que, com a falta de água no rio, o mar adentra pelo leito seco do rio e saliniza o solo e a água das cacimbas. A saída é construir aterros para impedir que as marés avancem pelo rio, fato que está acontecendo nos rios Paraíba do Sul-RJ e o Velho Chico na divisa dos Estados de Alagoas e Sergipe. O Açude Ararás encontra-se com 8,85% do volume de sua capacidade total de armazenamento de água.
Dr. Lima
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