De top e microshort, a morena Maria Isabel Barroso, 27 anos, dança na caçamba de uma Saveiro em busca de votos.
Para os eleitores que passam pela rua, ela se identifica pelo nome de guerra: Adriely Fatal, candidata a deputada estadual pelo nanico PTC em Fortaleza (CE). A moça ficou famosa por sua atuação como stripper e atriz de sexo explícito. Seu último filme, Transando com o vizinho, teve o lançamento adiado para evitar problemas com o TRE.
A campanha de Adriely é voltada para o eleitorado masculino. Sua proposta é levar uma casa de striptease a cada município do Ceará.
Desde o início da campanha, ela alega ter parado de tirar a roupa nas boates para evitar problemas com a legislação. Mas ela garante que se chegar a deputada, pretende continuar fazendo striptease por “amor à profissão”. A mesma identificação existe com os filmes pornográficos.
“Acho que tenho talento para ser atriz pornô porque me dedico muito a tudo que faço”, acrescenta. O marido de Adriely, Romeu Ferreira, conhecido como Jonas, concorda. “Adriely é ótima atriz. Segura, tranquila. Fica muito bonita no vídeo”, diz ele.
Mentor da campanha de Adriely, em 2004, Jonas ajudou a eleger vereadora a stripper Edivânia Matias Góes. Nas urnas e boates, ela é chamada de Deborah Soft.
Na época, Jonas era casado com Deborah. Atualmente, a ex-mulher é candidata a deputada estadual, mas sem a ajuda de Jonas. “Eu me espelhei na Cicciolina para promover a campanha da Adriely.
Acredito que vamos conseguir o eleitor que mistura desejo com voto de protesto”, diz o marqueteiro.
A mesma ideia direciona a candidatura de Maria Adelina Nascimento Holanda, de 33 anos, a Kátia Heffner. Em parceria com o marido, Tom Heffner (na certidão, Washington Luiz Maciel), ela administra uma casa de swing e organiza festas privadas em Fortaleza. Também é protagonista de alguns filmes da série pornô Swing Ceará. Na eleição para vereador em 2008, Kátia entrou na disputa. Entretanto, a candidatura acabou cassada por conta da foto dos santinhos de campanha, onde ela aparecia de calcinha fio-dental. O marido de Kátia justifica a decisão de entrar na eleição: “ Na minha concepção, tanto o swing quanto a política se resumem a sacanagem”. (O Globo)
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