A economia cearense continua em destaque na região. Considerando o intervalo dos últimos 12 meses terminados em maio, o Estado dispara na frente, sobretudo, na atividade varejista, mais uma vez motor na geração das riquezas estaduais, e no nível de emprego formal. Segundo o Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado, na última terça-feira, o Ceará registra incremento de 12,3% nas vendas do varejo no período. Trata-se do melhor resultado não só no Nordeste, que, em conjunto, cresceu 10,1%, mas também da média nacional (8,8%) e ainda entre as dez unidades da federação pesquisadas pelo banco. Bahia (10,2%) e Pernambuco (9,4%) vêm na segunda e terceira posição, respectivamente, no contexto regional.
Esse aumento observado no Estado reflete o crescimento em segmentos como supermercados (18%) e móveis e eletrodomésticos (16,4%). Porém, no varejo ampliado, a vedete no setor foi mesmo as vendas de veículos, motos, partes e peças, que aumentaram 24,4%.
Entretanto, o mesmo dinamismo não foi obtido no setor industrial. O produção da indústria cearense, nos últimos 12 meses terminados em maio, figurou como a terceira entre os três estados nordestinos analisados pelo BC. Enquanto o Ceará anotou incremento de apenas 4,8% nesta atividade no período, Pernambuco parte na dianteira, com 7,8%, e a Bahia, vem logo em seguida, com 6,7%. Já a média regional foi de 5,5% e a nacional ficou em 4,5%.
No que concerne à produção agrícola, o Estado já acusa recuo de 49,6%, apurados em junho, em relação à safra anterior. Por outro lado, Bahia e Pernambuco estimam expansão, que pode chegar a 8,7% no primeiro e 7,9% no segundo.
Nesse cenário, após o ajuste sazonal, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), calculado pelo BC, avaliando além desses indicadores, o emprego formal, o desemprego, o saldo das operações de crédito, a balança comercial e as dívidas líquidas estadual e municipal, avançou 6,7% no período, ao lado de Pernambuco (6,7%), mas abaixo da Bahia, com 7,1%, líder na região.
Na geração de emprego, o desempenho do Ceará superou a média nacional e os índices registrados pelas demais economias avaliadas pelo BC no Nordeste. Nos 12 meses anteriores encerrados em junho deste ano, o Estado acumulou incremento de 9,7%, acima, portanto, dos 5,5% contabilizados no conjunto do País e dos índices da Bahia (7,3%) e de Pernambuco (7,4%). O avanço na geração de empregos refletiu, em especial, as contratações na construção civil e no setor de serviços.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste.
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