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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Moradores do distrito do Jordão pede por mais segurança

Moradores da localidade de Jordão, distante 24km da sede deste município, estão reclamando da dificuldade para terem um serviço de segurança pública eficiente. Eles dizem que a falta de policiamento permanente tem contribuído para o aumento da violência, principalmente neste período em que o lugarejo esta em festa religiosa, o que aumenta a quantidades de visitantes no lugar.

"No domingo passado em plena solenidade de abertura da festa de Nossa Senhora da Saúde, aconteceu uma briga, e uma das pessoas saiu lesionada a faca. Porém a Polícia demorou a chegar", disse o aposentado Clegivandro Arruda , mais conhecido por "Nenem Arruda".

Ele também contou que outro problema, bastante comum neste período de festa, são os carros de sons que estão atrapalhando as novenas. O problema da poluição sonora parece não ter solução. Para os moradores, há um total desrespeito aos católicos, que querem se concentrar na programação religiosa, mas ficam impedidos tamanha é a barulheira nas ruas.

"Se a gente liga para a Polícia, eles dizem que só podem fazer alguma coisa se a gente for até a delegacia registrar a ocorrência, coisa que ninguém quer fazer", diz Arruda. A promessa de dotar o Distrito do Jordão, hoje com mais de 7 mil habitantes, de um policiamento ostensivo é antiga. Porém, até agora, não tornou-se realidade.

Segundo o morador Marcos dos Santos, em uma reunião acontecida há mais de um ano, o comandante do 3º BPM, tenente-coronel Gilvandro Oliveira, garantiu que após a implantação do Programa Ronda do Quarteirão, a localidade seria beneficiado com policiamento ostensivo. "Tenho isso gravado em VHS", disse Marcos dos Santos. O Ronda do Quarteirão, foi implantado neste município em julho de 2009.

Hoje o comandante do 3º BMP, Gilvandro Oliveira, reconhece que este tipo de policiamento permanente em comunidades como é o caso do Jordão é difícil devido ao número de contingente ser bastante reduzido.

Viatura

"Estamos atendendo à população com blitze constantes e enquanto durar os festejos religioso, temos três policiais e uma viatura", disse o comandante Gilvandro Oliveira.

Sobre o caso que culminou com um crime de lesão corporal, ele atribui a uma rixa antiga entre dois vizinhos. "O crime não tem nada haver com o movimento da festa", garantiu.

A dona-de-casa Lourdes Maria diz que "já sentiu na pele" a perda da tranquilidade do lugar, quando um netinho por pouco não foi atropelado. "Esse menino que é meu neto correu para o meio da rua e quase ia sendo atropelado por um carro em alta velocidade. Hoje não deixo mais ele sair de casa nos finais de semana", afirma.

De acordo com o líder comunitário Francisco Rogério Bezerra Arruda, até pequenos furtos já estão acontecendo na comunidade, problema que não era comum entre os moradores.

Drogas

O líder comunitário se queixa também de usuários de drogas no distrito. "Deixar a porta aberta enquanto vai na casa do vizinho tornou-se um risco muito grande. Antes a gente fazia isso com frequência, hoje não se pode mais", denuncia Rogério Arruda, acrescentando que, por conta da violência, a rotina está bastante diferente entre as famílias da localidade.

A comunidade chegou a montar uma casa para abrigar o Destacamento Policial Militar, acreditando que, com isso ficaria mais fácil. Somente na última sexta-feira, os três policiais com a viatura passaram a ficar temporariamente no imóvel, durante os festejos católicos.

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