A retirada do embargo chinês à carne bovina brasileira, anunciado hoje pelos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da China, Xi Jinping, é o resultado de um intenso trabalho da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao lado do governo brasileiro. Desde dezembro de 2012, quando as autoridades sanitárias brasileiras identificaram um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), conhecida como doença da vaca louca, a China sustentava o embargo às exportações brasileiras do produto, contrariando a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que manteve o Brasil na classificação de “risco insignificante” em relação à doença.
De posse dos argumentos técnicos do mais importante organismo internacional em assuntos de sanidade, a CNA fez incontáveis gestões junto a autoridades brasileiras e chinesas na tentativa de remover o embargo. Foram cinco missões à China, sob o comando da então presidente – hoje licenciada do cargo – senadora Kátia Abreu. Em novembro passado, a presidência da CNA levou este pleito diretamente ao presidente Xi Jinping.
A liberação das exportações para os chineses é estratégica para a pecuária brasileira, tendo em vista que a China é o mais importante parceiro comercial do Brasil e o mais promissor mercado mundial para as nossas carnes, devido ao crescente consumo de proteína animal.
Fica resolvido, portanto, o principal entrave à ampliação do comércio Brasil-China, mas ainda é preciso agilizar a habilitação de novas plantas frigoríficas. É o que espera o presidente da CNA, João Martins, uma vez que, hoje, apenas oito estabelecimentos brasileiros estão autorizados a exportar carne bovina para o mercado chinês. Desde o ano passado, o Brasil aguarda uma visita das autoridades sanitárias da China para concluir o processo de habilitação.
Brasília, 17 de julho de 2014.
Assessoria de Comunicação da CNA
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