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sábado, 5 de maio de 2012

TURISMO, A GRANDE INDÚSTRIA

 

Delúbio Soares (*)

O turismo é uma das faces da paz. Povos que se visitam, milhões de pessoas que percorrem novas terras e adquirem conhecimentos que expandem o saber humano. Seja qualquer tipo de turismo - o de negócios, o de estudos, o de mera recreação - e os que o fazem estabelecem insuperável intercâmbio entre as Nações, a cultura dos povos e seus valores históricos.

O Brasil é dos mais belos países e seu povo, de inestimável valor, tem recebido com imensa hospitalidade todos os turistas que nos visitam vindos dos cinco continentes. Mesmo que durante décadas não tenhamos tido uma política de turismo definida, a força de nossa cultura, a simpatia de nossa gente, a beleza do extenso território e a riqueza de uma culinária celebrada, compensaram o descaso oficial para com aquela é que uma das maiores indústrias do planeta: indústria sem chaminés, não poluente, auto-sustentável e poderosa geradora de riqueza.

Com o estabelecimento de uma verdadeira política turística para o Brasil, fruto da gestão do presidente Lula, o setor passou a viver um ciclo virtuoso: mais apoio, atenção e incentivos por parte do Governo Federal para que ele se desenvolvesse no mesmo ritmo de um país que estava quebrado em 2003 e em 2012 já é a sexta economia mundial.

Nada foi poupado para que os que investem e trabalham no turismo em nosso país pudessem continuar dando o melhor de si e impulsionando o crescimento de uma indústria de força impressionante, que gera milhões de empregos e movimenta a economia nacional. Com Lula, o Brasil se tornou o principal destino do mercado turístico internacional na América do Sul, e passou a ocupar o segundo lugar dentre todos os países latino-americanos em termos de fluxo de turistas internacionais. Em fins da década passada, o turismo já era o responsável por mais de 4% das receitas advindas da exportação de bens e serviços, e em 2005, por exemplo, ele gerou mais de 7% dos empregos diretos e indiretos na economia brasileira.

O turismo doméstico passou a representar uma parcela fundamental do setor, contabilizando bem mais de 50 milhões de viagens anualmente. A receita direta gerada pelo turismo interno, em números de 2010, chegou a expressivos US$ 33 bilhões – quase seis vezes mais do que é captado pelo país em relação ao turismo estrangeiro! Isso só foi possível pela inclusão social e econômica de mais de 40 milhões de brasileiros, que deixaram as classes D e E e passaram a exercer sua cidadania plena, incluindo aí o consumo, a educação, a melhoria nas condições gerais de vida e, também, a fazer turismo. O turismo deixou de ser “coisa de rico” para dezenas de milhões de brasileiros: obra do governo Lula.

Nossas empresas aéreas nunca transportaram tantos passageiros em suas rotas domésticas, adquirindo centenas de novas aeronaves e ampliando seus serviços para mais destinos no território nacional. Nossa estrutura aeroportuária tem sido ampliada de forma recorrente, inclusive com a chegada do capital privado à administração de aeroportos vitais como os de Guarulhos, Viracopos e Natal, dentre outros. A proximidade da realização tanto da Copa do Mundo de Futebol quando das Olímpiadas do Rio de Janeiro, tem exigido que os setores turístico, aeronáutico e de prestação de serviços, dentre muitos outros, corram contra o relógio e respondam positivamente à grande demanda que já se faz sentir.

A hotelaria brasileira dá mostras de enorme vitalidade com a construção de mais e mais empreendimentos. Tanto nas capitais como o Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte, dentre outras mais de todas as regiões, quanto em destinos turísticos importantíssimos de nosso interior, como o Pantanal (MT e MS), Foz do Iguaçu (PR), Caldas Novas (GO) e toda a Amazônia, no mesmo intenso ritmo em que a gastronomia brasileira abre mais portas e conquista os turistas e o mundo com nossos sabores e a simpatia e talento dos que trabalham na área. Não são poucos, ao contrário, são milhares os novos hotéis que estão sendo construídos com o apoio de linhas de crédito e financiamentos oficiais, tanto do BNDES, quanto do Banco do Brasil e demais entidades oficiais de crédito ou fundos de fomento econômico. Nunca a indústria hoteleira viveu fase tão rentável quanto agora, depois da arrancada e consolidação durante o governo Lula e agora se expandindo com Dilma, continuadora de sua obra. E podemos o mesmo para a aviação, a gastronomia, os prestadores de serviços, as empresas de turismo, as linhas de ônibus interestaduais e todos que que constituem essa indústria economicamente poderosa e de trabalho incessante.

Existem algumas lacunas a serem preenchidas para que a o sucesso de nossa indústria do turismo seja ainda maior. Segundo o “Índice de Competitividade em Viagens e Turismo” (TTCI), as principais deficiências do setor turístico brasileiro ainda são a pequena competitividade de seus preços (91º lugar), na infra-estrutura do transporte terrestre (110º lugar), e na segurança pública (130º lugar dos 133 países avaliados). São números de 2009 e já apresentam consideráveis alterações para melhor, mostrando que o ‘trade’ turístico vem dando respostas positivas à crescente demanda doméstica e internacional por seus serviços, que se tornam mais atraentes quando competem com destinos internacionais baseados na equação ‘bom serviço/preço justo’.

Hoje o Brasil é o sétimo maior destino de eventos internacionais, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Reino Unido e Itália. E as previsões de especialistas na área são de que, com a crise europeia e nossa excelente situação econômica, devemos galgar mais algumas posições e rivalizar diretamente com os Estados Unidos e Alemanha na captação de congressos e eventos de grande importância mundial.

O Brasil está fazendo sua parte ao encarar o turismo como uma das maiores indústrias de nosso tempo, geradora de riquezas e promotora do desenvolvimento das Nações e da paz mundial.

(*) Delúbio Soares é professor

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