O governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, se encontrou nesta terça (13) com a presidente Dilma Rousseff e disse que ela está "muito tranquila" apesar da situação de crise política pela qual passa o país; candidato apoiado pela presidenta Cristina Kirchner, Scioli afirmou ser um "fiel defensor" da governabilidade e da institucionalidade, e disse confiar que "as instituições da República, com maturidade, vão atuar com toda responsabilidade"; "Encontrei a presidente muito tranquila e falando muito do futuro. Disse [a ela] que, muitas vezes, também vivemos, em nosso, país este triângulo midiático, judicial e político que, pela impotência de forças opositoras, de não haver chegado legitimamente ao poder, pelo voto popular, buscam deslegitimar e, logo, atacar aos governos com uma afronta popular", ressaltou
13 de Outubro de 2015 às 21:49
Agência Brasil - O governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, se encontrou nesta tarde com a presidenta Dilma Rousseff e disse que ela está "muito tranquila" apesar da situação de crise política pela qual passa o país.
Candidato apoiado pela presidenta Cristina Kirchner, Scioli afirmou ser um "fiel defensor" da governabilidade e da institucionalidade, e disse confiar que "as instituições da República, com maturidade, vão atuar com toda responsabilidade".
"Encontrei a presidente muito tranquila e falando muito do futuro. Disse [a ela] que, muitas vezes, também vivemos, em nosso, país este triângulo midiático, judicial e político que, pela impotência de forças opositoras, de não haver chegado legitimamente ao poder, pelo voto popular, buscam deslegitimar e, logo, atacar aos governos com uma afronta popular".
Após o Supremo Tribunal Federal suspender os efeitos de uma questão de ordem do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre o rito de decisões sobre pedidos de impeachment, Cunha prometeu despachar todas as solicitações até amanhã (14).
O candidato argentino classificou essa decisão como "importante". "Por isso, eu confio que os Poderes do Brasil, vão atuar com responsabilidade e a presidente Dilma, na qual confio, vai poder desenvolver seu legítimo governo; em plenitude, suas faculdades constitucionais".
Scioli é candidato da Frente para a Vitória e está à frente nas pesquisas de intenção de voto. O primeiro turno da eleição presidencial argentina vai ocorrer no dia 25 de outubro. Ele é governador da província de Buenos Aires, mas veio encontrar Dilma como candidato à presidência.
Antes da passagem pelo Palácio do Planalto, Scioli reuniu-se esta manhã com o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, e havia encontrado os chefes de Estado do Chile, Michele Bachelet, e da Bolívia, Evo Morales. O peronista também esteve recentemente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na capital argentina.
Segundo assessores, Scioli veio conversar com Dilma sobre a relação entre Brasil e Argentina e a importância que o candidato pretende dar ao vizinho em sua política externa caso seja eleito presidente.
O principal adversário de Scioli na disputa é o candidato de oposição Maurício Macri, da Frente Cambiemos. A eleição argentina vai marcar o fim de 12 anos de governo da família Kirchner, sob o comando de Néstor Kirchner, morto em 2010, e Cristina Kirchner. O novo presidente argentino tomará posse no dia 10 de dezembro.
"Argentina não é problema"
De acordo com o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, Dilma colocou-se à disposição de cooperar com um "futuro governo" de Scioli, caso ele ganhe as eleições.
Segundo Garcia, o atraso na oferta de acordos recíprocos entre Mercosul e União Europeia não se deve à Argentina. "Em fins de novembro, o Brasil vai entregar a proposta e, ao mesmo tempo, receber a proposta europeia. Nós vamos desfazer um pouco uma ideia que tem sido veiculada em algumas fontes de que a Argentina é um problema para o acordo com a União Europeia. Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguem têm uma posição comum e nós estamos agora esperando que os europeus deem a sua contribuição", disse.
Unasul
Mais cedo, Dilma reuniu-se com o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, que também manifestou apoio a Dilma. O assessor da Presidência para assuntos internacionais disse que os dois conversaram sobre a presença de um observador brasileiro nas eleições da Venezuela, mas não quis adiantar os nomes dos indicados pelo Brasil.
"Nós estamos com a firme convicção de que o governo venezuelano continuará ajudando, garantindo uma observação forte da Unasul [no processo das eleições]", disse.
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