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sábado, 30 de maio de 2015

A tortura imposta por Sérgio Moro a um velho doente de 74 anos

por : Paulo Nogueira Com João Roberto Marinho: na Globo ninguém mexe Sérgio Moro é o pior tipo de justiceiro. É o que se faz passar por bonzinho. É o que se observa num vídeo que está circulando nas redes sociais. Nele, Moro concede uma audiência ao preso Mário Góes. O objetivo de Góes ali era conseguir prisão domiciliar. Várias coisas chamam a atenção no vídeo. A primeira é o estado de desabamento moral e físico de Góes. Ele tem uma série de doenças que vão de diabete a colite, e um problema de coluna o impede de ficar sentado com conforto. Está emocionalmente desequilibrado. Chorou na conversa com Moro, e é evidente que não estava interpretando um coitadinho ali. Góes era o coitadinho. E tem 74 anos. Considere. Na Itália, a partir dos 70 anos, você não cumpre sentenças na cadeia, e sim em prisão domiciliar. Por razões humanitárias. Diz-se de Moro que ele se inspirou numa operação policial italiana – afinal espetacularmente fracassada — para desencadear a Lava Jato. Mas pelo visto desconsiderou a civilidade que existe no código da Itália. Góes não poderia cumprir pena domiciliar? Por que? Bem, perguntas não faltam no caso. A mais impressionante é a seguinte: quais são as evidências contra Góes? Moro parece tão no ar sobre isso quanto você e eu. Moro fala em contas em paraísos fiscais, genericamente. Mas admite, candidamente, não saber nada delas. Sequer, e é ele quem afirma, se estão ativas ou não. É o triunfo do absurdo. Mais um, a rigor. Num outro vídeo de Moro, desta vez com Cerveró, ficamos sabendo que a principal acusação do juiz era uma reportagem – logo de quem – da Veja, uma revista mitomaníaca. Recentemente a BBC visitou o presídio onde Góes está. A descrição é esta: “A maior parte das celas são sujas e apertadas. Algumas têm até seis camas e estão frequentemente abarrotadas de cadeiras de rodas e equipamento médico.” A maior parte das celas no são sujas e apertadas. Algumas tem até seis camas e estão frequentemente abarrotadas de cadeiras de rodas e equipamento médico Moro é uma versão atualizada, mas não necessariamente melhor, de Joaquim Barbosa. Ele agrada, como JB, a dois públicos específicos: o poder econômico e os analfabetos políticos. Alguém consegue imaginar Moro e Barbosa enfrentando a Globo, por exemplo? Ou mesmo a CBF e Marin? Como os vazamentos da Lava Jato na campanha eleitoral, a valentia dos dois é seletiva. Ambos, não por coincidência, foram premiados pela Globo. E os dois são heróis de grupos de imbecis como o MBL e o Revoltados Online. São, também, abominados pelos progressistas. Falta-lhes, em comum, uma característica tão brasileira: a compaixão. JB tripudiou sobre Genoino quando este estava em condições de saúde miseráveis. Moro faz o mesmo agora com Góes. Eles representam a plutocracia brasileira, e a defendem ferozmente. Mas não representam os brasileiros. Gente assim não é perdoada pela história. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-tortura-imposta-por-sergio-moro-a-um-velho-doente-de-74-anos-por-paulo-nogueira/

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