Um novo escândalo atinge o governo do tucano Beto Richa, no Paraná; nada menos que 291 dos 933 auditores fiscais do estado doaram para a campanha do governador à reeleição, em 2014; destes, 219 foram promovidos e passaram a receber salários de R$ 30 mil mensais, que equivalem ao teto da categoria; doações dos auditores a Richa somam R$ 1 milhão; denúncia enviada ao Ministério Público sustenta que a mulher do governador, Fernanda Richa, foi quem condicionou as doações às promoções
23 de Maio de 2015 às 06:24
Paraná 247 - O governador do Paraná, Beto Richa, está no centro de um novo escândalo. Segundo reportagem da jornalista Estelita Hassa Carrazai (leia aqui), auditores fiscais do Paraná, acusados de corrupção, doaram à campanha à reeleição de Richa, em 2014, e foram promovidos.
"Na mira do Ministério Público após a descoberta de um esquema de corrupção e pagamento de propina na Receita estadual, auditores fiscais do Paraná doaram à campanha do governador Beto Richa (PSDB) e a outros 25 aliados quase R$ 1 milhão no ano passado", diz a reportagem. "Contribuíram para o caixa eleitoral 291 dos 933 auditores do Estado, com doações individuais. Desses, 219 foram promovidos pouco antes da campanha, em maio. A maioria foi elevada ao teto da categoria, com salários de aproximadamente R$ 30 mil."
Uma denúncia enviada ao Ministério Público sustenta que a mulher do governador, Fernanda Richa, foi quem condicionou as doações às promoções.
De acordo com os auditores e a campanha de Richa, as doações foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral. Um dos auditores, em delação premiada, afirma que a campanha de Richa recebeu R$ 2 milhões de propinas levantadas pelos fiscais para anular dívidas tributárias.
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