Documento elaborado pelo comitê de auditoria da Petrobras sobre a compra da refinaria de Pasadena em 2006 aponta que o ex-diretor Nestor Cerveró omitiu informações relevantes em apresentações à diretoria e ao conselho, que resultaram em "substanciais perdas financeiras para a Petrobras"; ata confirma versão da presidente Dilma Rousseff de que o conselho, que presidia na época, não foi informado sobre as cláusulas "Marlim" e "put option"
20 de Maio de 2015 às 06:41
247 – Um relatório elaborado pelo comitê de auditoria da Petrobras sobre a compra da refinaria de Pasadena em 2006, confirma a versão da presidente Dilma Rousseff de que o conselho de administração da estatal, que presidia na época, não foi informado sobre as cláusulas "Marlim" e "put option".
O conselho autorizou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Posteriormente, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com a empresa belga, Astra Oil. Acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão - cerca R$ 2,76 bilhões.
Segundo o documento divulgado pelo Valor, anexo à ata de reunião do conselho o ex-diretor Nestor Cerveró omitiu informações relevantes em apresentações à diretoria e ao conselho, que resultaram em "substanciais perdas financeiras para a Petrobras".
Petrobras culpa Cerveró e confirma versão de Dilma sobre Pasadena
Por Letícia Casado e Fernando Torres | De Brasília e de São Paulo
Relatório do comitê de auditoria da Petrobras sobre a aquisição nos Estados Unidos da refinaria de Pasadena em 2006, elaborado como resultado de investigação interna da companhia, reconhece pela primeira vez diversas irregularidades no processo e coloca praticamente toda a responsabilidade nas costas do ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró, preso desde janeiro por causa das investigações da Operação Lava-Jato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário