Está explicado por que Jair Bolsonaro não quer obedecer à ordem do Ministro Celso de Mello, decano do STF, de entregar para investigações o vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro
8 de maio de 2020, 04:23 h Atualizado em 8 de maio de 2020, 08:53
Reunião do Ministério citada por Sergio Moro em depoimento à PF (Foto: Divulgação/ Marcos Corrêa/PR)
247 - A coluna da jornalista Bela Megale traz um relato da reunião ministerial citada por Sergio Moro em seu depoimento na Polícia Federal no sábado passado.
Autoridades presentes na reunião confirmaram à coluna que Bolsonaro falou sobre a troca de comando da Polícia Federal, conforme o ex-ministro tinha denunciado. A reunião foi cenário para vários problemas.
Bolsonaro estava de “péssimo humor”, segundo os presentes, reclamou com ministros e ameaçou demitir qualquer um, inclusive o então ministro da Justiça, Sergio Moro. A ameaça foi feita quando o Bolsonaro abordou a troca comando da PF no Rio e na direção-geral do órgão.
Durante a reunião, Bolsonaro também se queixou a Moro das prisões de pessoas que estavam em lugares vetados por causa da pandemia do coronavírus.
Os relatos dão conta de que Bolsonaro falou muitos palavrões e que alguns presentes fizeram críticas à China.
Houve também um bate-boca entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).
Os generais do Palácio do Planalto, que ocupam os mais importantes postos no governo avaliam que a publicação do vídeo seria muito ruim, informa a colunista do Globo.
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