Posicionamento de Tarcísio de Freitas, Cláudio Castro, Ratinho Jr, Romeu Zema e Ibaneis Rocha, eleitos na esteira do bolsonarismo, revela enfraquecimento político do ex-mandatário
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)
247 - Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos, cinco governadores que se elegeram apoiados pelo bolsonarismo no ano passado estão se opondo à orientação do ex-mandatário de não apoiar a reforma tributária e agora se manifestam a favor do texto que será votado nesta quinta-feira (6) na Câmara.
Segundo o jornal O Globo, a votação do projeto revela uma divisão entre Bolsonaro e os líderes do seu partido. Diante do enfraquecimento político de Bolsonaro devido à sua inelegibilidade, o partido ainda não decidiu se irá impor sanções aos parlamentares que votarem favoravelmente à Reforma. Em resposta às resistências, Bolsonaro adotou um tom mais moderado e pediu "atenção" aos membros do partido.
Enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lidera as negociações para fazer alterações no texto da Reforma, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) já afirmou que solicitará votos favoráveis da bancada fluminense, tendo informado essa decisão ao seu partido.
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), também declarou que os governadores reconhecem a "necessidade de uma reforma tributária". Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, que assim como Tarcísio também é apontado como possível sucessor de Bolsonaro, questiona a participação dos estados na formação do Conselho Federativo, mas vem reiterando a importância da reforma.
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Outro governador que manifestou apoio a Bolsonaro nas últimas eleições, mas que atualmente se posiciona a favor, é Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal. Até mesmo o silêncio de alguns governadores tem sido interpretado como uma forma de resistência em obedecer a Bolsonaro. Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, não se posicionou contra o projeto da reforma tributária, apesar das pressões dos parlamentares alinhados ao bolsonarismo.
O PL deverá orientar seus parlamentares a votarem contra a Reforma Tributária, mas ainda não fechou questão em relação a possíveis penalidades para aqueles que votarem favoravelmente, como alguns governadores do partido estão recomendando.
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