Estimativa de queda da inflação coloca pressão para que o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, reduza a taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano
Roberto Campos Neto (à esq.), presidente do Banco Central, Bolsa de Valores e dinheiro em espécie (Foto: ABR)
Roberto de Lira, Infomoney - Foi mantida nesta semana a tendência de queda nas projeções de analistas de mercado para a inflação em 2023, enquanto a estimativa para o PIB permaneceu estável, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Relatório Focus do Banco Central. A estimativa do IPCA para este ano caiu pela oitava semana seguida, de 4,98% para 4,95%. Enquanto isso, a projeção para o crescimento do PIB de 2023 foi mantida em 2,19%, após oito semanas seguidas de melhora.
Inflação - A previsão da inflação para 2024 também continuou nos mesmos 3,92% nesta semana. A projeção para o IPCA de 2025 se manteve em 3,60% e a 2026 permaneceu em 3,50%.
Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou pela 10ª semana consecutiva, de 8,97% para 8,95%. A estimativa para 2024 subiu de 4,46% para 4,50% e a 2025 continuou em 4,0%. Para 2026, se manteve em 3,70%.
PIB - A projeção para o PIB de 2024 ficou nos mesmo 1,28% da semana passada, enquanto a e 2025 recuou de 1,81% para 1,80% e a 2026 recuo de 1,90% para 1,88%.
Selic - A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) se manteve em 12,0% para este ano. Já a estimativa para 2024 continuou em 9,50% e a de 2025 foi mantida em 9,0%. A de 2026 avançou de 8,63% para 8,75%.
Câmbio - A estimativa para o dólar em 2023 se manteve em R$ 5,00 na semana, enquanto a projeção para 2024 caiu de R$ 5,08 para R$ 5,06. A de 2025 recuou de R$ 5,17 para R$ 5,15, e a projeção para 2026 se manteve nos mesmos R$ 5,20 da semana passada.
Resultado primário - A projeção para resultado primário em 2023 teve um aligeira melhora, saindo de um déficit de -1,02% do PIB para -1,00% do PIB. A estimativa para 2024 continuou em -0,80% do PIB, enquanto a de 2025 continuou em -0,50% do PIB na semana. A estimativa para 2026, no entanto, piorou, de -0,28% do PIB para -0,30% do PIB.
Dívida pública - Para a dívida líquida do setor público, as projeções se mantiveram em todo o horizonte. Para este ano, continuaram em 60,60% do PIB, enquanto a de 2024 permaneceu em 64,0% do PIB. Pra 2025, a estimativa ficou nos mesmos 65,85% do PIB e a de 2026 continuou em 67,45% do PIB.
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