Após o resultado, o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, reivindicou seu direito de tentar formar governo
247 – Neste domingo, os quase 37,5 milhões de espanhóis foram às urnas para escolher seus representantes políticos e decidir o futuro do país nos próximos quatro anos. As eleições gerais, que ocorreram em um contexto de incerteza política e com grande expectativa, revelaram um cenário político muito aberto, segundo reportagem do El País.
O Partido Popular (PP) emergiu como o vencedor em votos e cadeiras, porém não conseguiu atingir a maioria absoluta junto ao Vox, alcançando apenas 169 assentos. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Pedro Sánchez resistiu ao embate dos populares e conquistou 153 cadeiras em parceria com o partido Sumar.
Após o resultado, o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, reivindicou seu direito de tentar formar governo e pediu que ninguém tente bloquear novamente a Espanha. Por sua vez, Pedro Sánchez celebrou o "fracasso" das forças de direita em sua primeira declaração desde Ferraz, ressaltando que o PSOE obteve mais votos e cadeiras do que há quatro anos.
No entanto, as eleições também mostraram o fortalecimento de outras forças políticas. Yolanda Díaz, líder da coalizão Sumar, afirmou que eles conseguiram resultados suficientes para que o bloco de esquerda resistisse e mantivesse opções de revalidar o governo de coalizão com o PSOE. A participação eleitoral subiu quatro pontos em relação às últimas eleições gerais, impulsionada por um número recorde de votos por correio.
Um dos destaques da noite eleitoral foi a ausência de avanço das forças de direita no País Basco. O Vox não conquistou nenhuma cadeira, e o PP obteve apenas dois assentos, distante dos tempos em que líderes como Aznar e Rajoy eram protagonistas. O temor a uma aliança PP-Vox, que ameaçava o autogoverno do qual a maioria dos bascos se orgulha, resultou em uma importante mobilização contra as forças de direita na região.
Com um cenário político fragmentado e a necessidade de pactos, a Espanha enfrenta um desafio para formar um governo estável. Embora o PP tenha obtido a vitória em votos, a formação azul parece não ter a capacidade de governar sozinha. A resistência da esquerda e o apoio ao governo de coalizão liderado por Pedro Sánchez demonstram a complexidade política que o país enfrentará nos próximos tempos.
Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/espanha-se-depara-com-cenario-politico-complexo-e-necessidade-de-pactos
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